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03 - Lucas

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0 Revista e Atualizada Bíblia S ag ra d a Traduzida e m P ortuguês p or J O Ã O F E R R E IR A D E A L M E I D A E d iç ã o R e v is t a e C o r r i g i d a , 1 9 9 5 A Bíblia de Estudo que revela toda a plenitude de Deus em toda a Palavra de Deus. E d ito r G e r a l Jack W. H ayford, Litt.D. E d it o r d o A n t ig o T e s t a m e n t o E d ito r d o N o v o T e s ta m e n to Sam M iddlebrook, D .M in. Jerry Horner, Th.D. E d ito r A s s is t e n te G ary M atsdorf, M .A . Sociedade Bíblica do B rasil B a rueri, SP NOVO TESTAMENTO 0 Santo Evangelho Segundo Lucas Autor Tanto o estilo quanto a linguagem oferecem evidências convincen­ tes de que a mesma pessoa escreveu Lucas e Atos dos Apóstolos. "0 primeiro tratado" de At 1.1 é, então provavelmente, uma referência ao terceiro Evangelho como o primeiro de uma série de dois volumes, e o fato de o escritor dedicar ambos os livros a Teófílo também demonstra solidamente uma autoria comum. Visto que a tradição da Igreja atribui com unanimidade essas duas obras a Lucas, o médico, um companheira próximo de Paulo (Cl 4.14; Fm 24; 2Tm 4.11), e, como as evidências in­ ternas sustentam esse ponto de vista, não há motivos para contestar a autoria de Lucas. Data Eruditos que admitem que Lucas usou o Evangelho de Marcos como fonte para escrever seu próprio relato datam o terceiro Evangelho por volta do ano 70 d.C. Outros, entretanto, salientam que Lucas escreveu seu Evangelho antes de Atos dos Apóstolos, que ele escreveu durante o primeiro encarceramento de Paulo pelos romanos, cerca de 63 d.C. Como Lucas estava em Cesaréia de Filipe durante os dois anos em que Paulo ficou preso lá (At 27.1), ele teria uma grande oportunidade du­ rante aquele tempo para conduzira investigação que ele menciona em 1.1-4. Se for este o caso, então o Evangelho de Lucas pode ser datado por volta de 59-60 d.C., mas no máximo até 75 d.C. Propósito Lucas declara claramente que seu propósito ao escrever esse Evan­ gelho é apresentar um relato "por sua ordem" (1.3) "acerca de tudo que Jesus começou não só a fazer, mas a ensinar" (At 1.1) de modo que Teófilo possa ter evidência histórica dos ensinamentos que rece­ beu (1.4). Enquanto o Evangelho é especificamente direcionado para um indivíduo, aparentemente, um alto funcionário, sua intenção é dar a todos os crentes a garantia de que o Cristianismo, não é um dos muitos sistemas especulativos que procuram valores teológicos ou éticos, mas que esse movimento está ligado a um acontecimento na história. Lucas fundamenta a certeza/precisão de sua obra em quatro razões: 1) sua preocupação com as antigas origens, dando prioridade às testemu­ nhas que as presenciaram (v. 2); 2) seu intuito de ser compreensivo: "tudo"; 3) cronológico: "por sua ordem"; 4) preciso: "a certeza" (v. 4). Ao atingir seu objetivo, Lucas traça em seus dois volumes o movi­ mento cristão desde o início com Jesus de Nazaré até seu desenvolvi­ mento numa fraternidade universal, que transcende os limites da nacionalidade judaica e abrange os judeus e os gentios imparcial­ mente. Lucas apresenta Jesus não apenas como um mero Messias ju­ deu, mas como um Salvador mundial. Conteúdo Uma característica distinta do Evangelho de Lucas é sua ênfase na universalidade da mensagem cristã. Do cântico de Simeão, louvando Jesus como "luz... para as nações" (2.32) ao comissionamento do Se­ nhor ressuscitado para que se "pregasse em todas as nações" (24.47), Lucas realça o fato de que Jesus não é apenas o Libertador dos judeus, mas também o Salvador de todo o mundo. A fim de sustentar esse tema. Lucas omite muito material que é estri­ tamente de caráter judaico. Por exemplo, ele não inclui o pronuncia­ mento de condenação de Jesus aos escribas e fariseus (Mt 23), nem a A u to r: D a ta : T em a: P a la v ra s-C h a v e : Lucas 59-75 d.C. Jesus, o Salvador do Mundo Oração, ação de graças, alegria, sal­ var, Reino, Espírito Santo, arrepen­ dimento discussão sobre a tradição judaica (Mt 15.1-20; Mc 7.1-23). Lucas também exclui os ensinamentos de Jesus no Sermão da Montanha que tratam diretamente do seu relacionamento com a Lei Judaica (ver M t 5.21-48; 6.1-8,16-18). Lucas também omite as instruções de Jesus aos Doze para se absterem de ministrar aos gentios e samaritanos (Mt 10.5). Por outro lado, Lucas inclui muitas características que demonstram universalidade. Ele enquadra o nascimento de Jesus em um contexto ro­ mano (2.1-2; 3.1), mostrando que o que ele registra tem significado para todas as pessoas. Enquanto Mateus traça a linhagem de Jesus desde Abraão, Lucas volta até Adão, ligando o Senhor a toda a raça humana. Entretanto, Lucas também enfatiza as raízes judaicas de Jesus. De to­ dos os escritores dos Evangelhos, só ele registra a circuncisão e dedica­ ção de Jesus (2.21-24), bem como sua visita ao Templo quando menino, de doze anos (2.41-52). Somente Lucas relata o nascimento e infância de Jesus no contexto de judeus piedosos como Simeão, Ana, Zacarias e Isabel, que estavam entre os fiéis restantes "esperando a consolação de Israel" (2.25). Por todo o Evangelho, Lucas deixa claro que Jesus é o cumprimento das esperanças do AT relacionadas com a salvação. Um versículo chave no Evangelho de Lucas é o 19.10, que declara que Jesus "veio buscar e salvar o que se havia perdido". Ao apresentar Jesus como o Salvador de todos os tipos de pessoas, Lucas inclui ma­ terial não encontrado nos outros Evangelhos, como o relato do fariseu e da pecadora (7.36-50); as parábolas da ovelha e dracma perdidas e do filho pródigo (15.1-32); a parábola do fariseu e do publicano (18.9-14); a história de Zaqueu (19.1-10); e o perdão do ladrão na cruz (23.39-43). Lucas ressalta as advertências de Jesus sobre o perigo dos ricos e a simpatia dele pelos pobres (ver 1.53; 4.18; 6.20-21,24-25; 12.13-21; 14.13; 16.19-31; 19.1-10). Este Evangelho tem mais referências à oração do que os outros Evangelhos. Lucas enfatiza especialmente a vida de oração de Jesus, registrando sete ocasiões em que Jesus orou que não são encontradas em mais nenhum outro lugar (ver 3.21; 5.16; 6.12; 9.18,29; 11.1; 23.34,46). Só Lucas tem as lições do Senhor sobre a oração ensinada nas parábolas do amigo importuno (11.5-10); do juiz iníquo (18.1 -8); e do fariseu e do publicano (18.9-14). Além disso, o Evangelho é abun­ dante em notas de louvor e ação de graças (ver 1.28,46-56,68-79; 2.14,20,29-32; 5.25-26; 7.16; 13.13; 17.15; 18.43). Cristo Revelado Além de apresentar Jesus como o Salvador do mundo, Lucas dá os seguintes testemunhos sobre ele: 1. Jesus é o profeta cujo papel equipara-se ao Servo e Messias (ver 4.24; 7.16,39; 9.19; 24.19). 2. Jesus é o Homem ideal, o perfeito Salvador da humanidade im­ perfeita. 0 título "Filho do Homem" é encontrado vinte e seis vezes no Evangelho. A expressão não apenas enfatiza a humanidade de Cristo em contraste com a expressão "Filho de Deus", que ressalta sua divin­ dade, mas também descreve Jesus como o Homem perfeito, ideal, o verdadeiro representante de toda a raça humana. 3. Jesus é o Messias. Lucas não apenas afirma sua identidade mes­ siânica, mas também é cuidadoso ao definir a natureza de seu messia­ nismo. Jesus é, por excelência, o Servo que se dispõe firmemente a ir a Jerusalém cumprir seu papel (9.31,51). Jesus é o Filho de Davi (20.4144), o Filho do Homem (5.24) e o Servo Sofredor (4.17-19), que foi con­ tado com os transgressores (22.37). 4. Jesus é o Senhor exaltado. Lucas refere-se a Jesus como "Senhor" LUCAS 1032 dezoito vezes em seu Evangelho (cinqüenta vezes em Atos dos Apósto­ leva a cabo o ministério messiânico. Em momentos críticos daquele mi­ nistério, Jesus ora antes, durante ou depois do acontecimento crucia! los). Mesmo que o título passe a ter um novo significado após a Ressur­ reição (ver At 2.36), denota a pessoa divina de Jesus mesmo durante (3.21; 6.12; 9.18,28; 10.21). O mesmo Espírito Santo que foi eficaz através das orações de Jesus dará poder as orações dos discípulos seu ministério terreno. 5. Jesus é o amigo dos proscritos humildes. Ele é constantemente(18.1-8) e ligará o ministério messiânico de Jesus ao ministério pode­ roso deles através da Igreja (ver 24.48-49). bondoso para com os rejeitados pela sociedade — pecadores publica­ Em quarto lugar, o Espírito Santo espalha alegria tanto a Jesus como mente reconhecidos, samaritanos, gentios e os pobres. Sua atitude em relação às mulheres, numa era patriarcal, também é positiva e sensível. à nova comunidade. Cinco palavras gregas denotando alegria ou exulLucas inclui muito material que sublinha o ministério positivo de Jesus tação são usadas duas vezes com mais frequência tanto Lucas como em Mateus ou Marcos. Quando os discípulos voltam com alegria de de bondade e simpatia para com esses grupos, sua missão (10.17), "Naquela mesma hora, se alegrou Jesus no Espí­ O Espírito Santo em Ação rito Santo e disse..." (10.21). Enquanto os discípulos estão esperando pelo Espírito prometido (24.49), "adorando-o eles, tornaram com Há dezessete referências explícitas ao Espírito Santo em Lucas, res­ grande júbilo para Jerusalém. E estavam sempre no templo, louvando e saltando sua obra tanto na vida de Jesus quanto no ministério contínuo bendizendo a Deus" (24.52-53). da Igreja. Em primeiro lugar, a ação do Espírito Santo é vista na vida de várias Aplicação Pessoal pessoas fiéis relacionadas ao nascimento de João Batista e Jesus (1.35,41,67; 2.25-27), bem como no fato de João ter cumprido seu mi­ Ninguém que lê este livro deve achar que está além do alcance do nistério sob a unção do Espírito Santo (1.15). 0 mesmo Espírito capaci­ evangelho da salvação. Por todo o livro, Lucas apresenta Jesus como o Salvador do mundo todo. Isso é verdadeiro a partir do cântico de Sitou Jesus para cumprir seu papel messiânico. Em segundo lugar, o Espírito Santo capacita Jesus para cumprir seu meão a respeito de Jesus sendo a "luz para... as nações" (2.32) até as ministério — o Messias ungido pelo Espírito. Nos caps. 3— 4, há cinco instruções finais do Cristo ressuscitado a seus discípulos, em que ele lhes disse que "em seu nome, se pregasse o arrependimento e a re­ referências explícitas ao Espírito, usadas com força progressiva. 1) 0 Espírito desce sobre Jesus em forma corpórea, como uma pomba missão dos pecados, em todas as nações"(24.47). Lucas enfatiza o (3.22); 2) Ele leva Jesus ao deserto para ser tentado (4.1); 3) Após sua fato de que o evangelho não é apenas para os judeus, mas para todos vitória sobre a tentação, Jesus volta para a Galiléia no poder do mesmo os povos — gregos, romanos, samaritanos e todos os outros, sem le­ Espírito (4.14); 4) Na sinagoga de Nazaré, Jesus lê a passagem mes­ var em conta raça ou condição. Não é só para homens, mas também para mulheres, incluindo viúvas e prostituas, bem como os proeminen­ siânica: "0 Espírito do Senhor é sobre mim..." (4.18; Is 61.1-2), reivindi­ tes socialmente. Não é apenas para os homens livres, mas também cando o cumprimento nele (4.21). Então, 5) evidência seu ministério para escravos e todos os outros rejeitados pela sociedade — os po­ carismático está repleta (4.31-44) e continua em todo seu ministério bres humildes, os fracos indefesos, o ladrão crucificado, o pecador de poder e compaixão. proscrito, o publicano desprezado. Em terceiro lugar, o Espírito Santo, através de oração de petição, Esboço I. Prólogo 1.1-4 II. A narrativa da infância 1.5— 2.52 A. Anúncio do nascimento de João Batista 1.5-25 B. Anúncio do nascimento de Jesus 1.26-38 C. Visita das duas mães 1.39-56 D. 0 nascimento de João Batista 1.57-80 E. 0 nascimento de Jesus 2.1-40 F. 0 menino Jesus no templo 2.41-52 III. Preparação para o ministério público 3.1— 4.13 A. 0 ministério de João Batista 3.1-20 B. O batismo de Jesus 3.21-22 C. A genealogia de Jesus 3.23-38 D. A Tentação 4.1-13 IV. 0 ministério galileu 4.14— 9.50 e Lucas A. Em Nazaré e Cafarnaum 4.14-44 B. Do chamamento de Pedro ao chamamento dos Doze 5.1— 6.16 C. 0 Sermão da Montanha 6.17-49 D. Narrativa e diálogo 7.1— 9.50 V. A narrativa de viagem (no caminho para Jerusalém) 9.51— 19.28 VI. 0 ministério de Jerusalém 19.29— 21.38 A. Acontecimentos na entrada de Jesus em Jerusalém 19.29-48 B. Histórias de controvérsias 20.1— 21.4 C. Discurso escatológico 21.5-38 VII. A paixão e glorificação de Jesus 22.1— 24.53 A. A refeição de Páscoa 22.1-38 B. A paixão, morte e sepultamento de Jesus 22.39— 23.56 C. A Ressurreição e a ascensão 24.1-53 1023 LUGAS 1 C a p ítu lo 1 P refácio 11 Então, um anjo do Senhor lhe apareceu, posto 2 a Hb 2.3; Tendo, pois, muitos empreendido pôr em ordem em pé, à direita do ''altar do incenso. 1Pe 5.1; 2Pe 1.16; a narração dos fatos que entre nós se cumpriram, 12 E Zacarias, vendo-o, 'turbou-se, e caiu temor so­ 1Jo 1.1; Me 1.1; 2 segundo nos transmitiram aos mesmos que os Jo 15.27 bre ele. 3 * At 15.19, presenciaram desde o princípio e foram ministros da 13 Mas o anjo lhe disse: Zacarias, não temas, por­ 25,28; 11.4; 1.1; palavra, que a tua oração foi ouvida, e Isabel, tua mulher, dará ICo 7.40 3 pareceu-me 6também a mim conveniente descre­ 4 o Jo 20.31 *Ver à luz um filho, e lhe porás o nome ide João. vê-los a ti, ó excelentíssimo Teófilo, por sua ordem, PC em Lc 5.22. 14 E terás prazer e alegria, 'e muitos se alegrarão 5 M t2 .t: havendo-me já informado minuciosamente de tudo no seu nascimento, j 1Cr 24.10.19: desde o princípio, 15 porque será grande diante do Senhor, e não'"be­ Ne 12.4,17 *Heb. 4 para que ‘ conheças “a certeza das coisas de que Elizabeth berá vinho, nem 2bebida forte, e será cheio do ‘ Espí­ 6 e Qn 7.1; 17.1; já estás informado. rito Santo, já desde o ventre de sua mãe. i 1Rs 9.4; 2Rs 20.3; 16 E converterá muitos "dos filhos de Israel ao Se­ JÓ 1.1; At 23.1; O a n ú n cio do na scim en to d e João nhor, seu Deus, 24.16; Fp 3.6 * Ver 5 Existiu, no tempo rfde Herodes, rei da Judeia, umPC em M t 1.19. 17 e irá adiante dele no espírito e virtude de Elias, S 7 iC r 24.19; sacerdote, chamado Zacarias, da ordem de Abias, e cuja para converter o coração dos pais aos filhos e os re­ 2Cr 8.14; 31.2 mulher era das filhas de Arão; o nome dela er a 11sabel. beldes, à prudência dos justos, com o fim de preparar 9 9 Êx 30.7-8; ao Senhor um povo bem disposto. 6 E eram ambos “justos* perante Deus, vivendo ir­ 1Sm 2.28; repreensivelmente em todos os mandamentos e pre­ I 1Cr 23.13; 18 Disse, então, Zacarias ao anjo: “Como saberei 2Cr 29.11; ceitos do Senhor. isso? Pois eu já sou velho, e minha mulher, avançada 7 E não tinham filhos, porque Isabel era estéril,i Lv e 16.17; Ap 8.3-4 em idade. : 1 1 * Êx 30.1 ambos eram avançados em idade. 19 E, respondendo o anjo, disse-lhe: Eu soupGabriel, 1 2 ' Lc 1.20; 2.9; 8 E aconteceu que, exercendo ele o sacerdócio fdi-Jz 6.22; 13.22; que assisto diante de Deus, e fui enviado a falar-te e 1 Dn 10.8; At 10.4; dar-te estas alegres novas. ante de Deus, na ordem da sua turma, 9 segundo o costume sacerdotal, coube-lhe em sorte Ap 1.17 20 Todavia ficarás mudo e não “poderás falar até ao 137 Lc 1.60,63 dia em que estas coisas aconteçam, porquanto não entrar no templo do Senhor spara oferecer o incenso. 1 4 / Lc 1.58 10 E toda a multidão do povo estava fora, orando, à1 5 m N m 6 .3 ; creste nas minhas palavras, que a seu tempo se hão Jz 13.4; Lc 7.33; de cumprir. hora do incenso. 1 Jr 1.5; G I1.152& sikera * Ver PC em 1.1-2 A inspiração do Espírito Santo na redação das Escrituras 1.3 A expressão havendo-me já informado minuciosamente Rm 7.6. não exclui a pesquisa cuidadosa por parte do autor humano. As é traduzida mais adequadamente como "tendo investigado cui­ 1 6 " Ml 4.5-6; fontes de Lucas, que ele não considera imprecisas, mas inade­ Mt 11.14; Me 9.11 dadosamente todas as coisas", enfatizando o cuidado zeloso 1 8 o Gn 17.17 quadas, eram duas: escrita e oral. Muitas pessoas tinham tenta­ de Lucas como historiador. "Descrevê-los... por sua ordem" 1 9 P Dn 8.16; não se refere necessariamente à disposição cronológica, mas do dispor ordenadamente coleções fragm entadas dos ensinamentos e obras de Jesus, e as que presenciaram haviam 9.21-23; M t 18.10; ao invés disso, a uma disposição lógica do material que exe­ Hb 1.14 sido fiéis ao preservarem e narrarem o que tinham testemunha­ cutará melhor esse tema. A identidade de Teófilo ("Amigo de 2 0 <7 Ez 3.46; do. Lucas não está preocupado em escrever teoria religiosa; ele Deus") é desconhecida, embora a saudação indique que ele 24.27 era uma pessoa importante. narra as boas-novas que entre nós se cumpriram. 1.4 Lucas quer estabelecer a autenticidade e fidedignidade da mensa­ gem cristã. 1.5 Herodes reinou durante 37-4 a.C. Portanto, João Batista e Jesus nasceram alguns anos depois de 1 d.C. A discrepância aconteceu devi­ do a um cálculo errôneo no planejamento do calendário cristão no séc. VI. Os sacerdotes foram divididos em 24 termos, dos quais Abias era um (ver 1Cr 24.6-19). 1.7 Os judeus consideravam os filhos um sinal de privilégio divino, e não ter filhos era considerado um sinal de seu desagrado, Este não era o caso de Zacarias e Isabel, pois eram justos perante Deus (v. 6). 1.8 Cada turma de sacerdotes servia no templo durante uma semana, duas vezes por ano. 1.9 0s deveres sacerdotais eram designadas por sorte. Um sacerdote poderia ter o privilégio de queimar incenso no Lugar Santíssimo apenas uma vez durante sua vida e, algumas vezes, nunca. 1.13 João significa "0 Senhor (Jeová) mostrou Privilégio (Graça)". Sig­ nifica o propósito do nascimento de João, pois ele deveria ser o arauto da chegada do Messias, a dádiva da graça divina. 1.15 0 garoto será consagrado como um nazireu (ver Nm 6; Jz 13.5; ISm 1.11). A fonte de sua inspiração poética não é física, mas o Espí­ rito Santo. 1.17 João cumprirá a profecia de Ml 4.5-6. 1.19 Gabriel ("Poderoso Homem de Deus") predisse a vinda do Messi­ as (Dn 9.25) e, de acordo com a interpretação tradicional de 1Ts 4.16, soará a trombeta para seu Retorno. 1.20 Mudo: A partir do v. 62 também podemos inferir que Zacarias também é surdo. LUCAS 1 1024 2 3 " 2Rs 11.5; 36 E eis que também Isabel, tua prima, concebeu 21 E o povo estava esperando a Zacarias e maravi­ 1Co 9.25 um filho em sua velhice; e é este o sexto mês para lhava-se de que tanto se demorasse no templo. 2 5 ^ Gn 30.23; aquela que era chamada estéril. 22 E, saindo ele, não lhes podia falar; e entende­ Is 4.1; 54.1,4 2 7 f M t 1.18; 37 Porque para "Deus nada é impossível. ram que tivera alguma visão no templo. E falava por Lc 2.4-5 38 Disse, então, Maria: Eis aqui a serva do Senhor; D acenos e ficou mudo. 2 8 " Dn 9.23; cumpra-se em mim segundo a tua ‘ palavra. E o anjo 23 E sucedeu que, terminados 'os dias de seu mi­ 10.19; Jz 6 .1 2 % nistério, voltou para sua casa. te saúdo, muito fa­ ausentou-se dela. 24 E, depois daqueles dias, Isabel, sua mulher, con­ vorecida * Ver PC em Lc 6.28. M aria Visita Isabel cebeu e, por cinco meses, se ocultou, dizendo: 2 9 vLc 1.12 39 E, naqueles dias, levantando-se Maria, foi apres­ 25 Assim me fez o Senhor, nos dias em que atentou 3 1 * Is 7.14; em mim, para destruir o meu -"opróbrio entre os ho­ M t 1.21 * Ver PC sada às ‘'montanhas, a uma cidade de Judá, em Fp 4.23. 40 e entrou em casa de Zacarias, e saudou a Isabel. mens. 3 2 * Mc 5.7; 41 E aconteceu que, ao ouvir Isabel a saudação de 2Sm 7.11; Maria, a criancinha saltou no seu ventre; e Isabel foi O a n ú n cio do n a scim en to d e Je s u s S1132.11; Is 9.6; 26 E, no sexto mês, foi o anjo Gabriel enviado por cheia do Espírito Santo, 16.5; Jr 23.5; Ap 3.7 42 e exclamou com grande voz, e disse: Bendita eés Deus a uma cidade da Galiléia, chamada Nazaré, 3 3 a Dn 2.44; tu entre as mulheres, e é bendito o fruto do teu ven­ 27 a uma virgem 'desposada com um varão cujo 7.14,27; 0b 21; nome era José, da casa de Davi; e o nome da virgem Mq 4.7; Jo 12.34; tre! 43 E de onde me provém isso a mim, que venha vi­ era Maria. Hb 1.8 3 5 í> Mt 1.20; 28 E, entrando o anjo onde ela estava, "disse: 3Salsitar-me a mãe do meu Senhor? 14.33; 26.63; ve, agraciada; o Senhor é contigo; *bendita és tu en­ 44 Pois eis que, ao chegar aos meus ouvidos a voz Mc 1.1; Jo 1.34; da tua saudação, a criancinha saltou de alegria no tre as mulheres. 20.31; At 8.37; 29 E, vendo-o ela, ''turbou-se muito com aquelas meu ventre. Rm 1.4 37 "G n 18.14; 45 Bem-aventurada a que creu, pois hão de cum­ palavras e considerava que saudação seria esta. 30 Disse-lhe, então, o anjo: Maria, não temas, por­ Jr 32.17; Zc 8.6; prir-se as coisas que da parte do Senhor lhe foram di­ Mt 19.26; que achaste graça diante de Deus, tas! Mc 10 27; 31 E eis que em teu ventre conceberás, xe darás à Lc 18.27; Rm 4.21 3 8 * Ver PC em O cântico d e M aria luz um filho, e pôr lhe-ás o nome de *Jesus. M t 4.4. 46 Disse, então, Maria: 'A minha alma ‘ engrande32 Este será grande ze será chamado Filho do Altíssi­ 3 9 d Js 21.9-11 mo; e o Senhor Deus lhe dará o trono de Davi, seu pai, ce ao Senhor, 4 2 e Lq 1.28; 33 e reinará eternamente na casa de Jacó, e o aseu 47 e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salva­ Jz 5.24 4 6 M S m 2 .1 ; Reino não terá fim. dor, SI 34.2-3; 35.9; 34 E disse Maria ao anjo: Como se fará isso, visto 48 porque atentou sna humildade de sua serva; Hc 3.18 * Ver PC que não conheço varão? pois eis que, desde agora, todas as gerações me cha­ em At 5.13. 35 E, respondendo o anjo, disse-lhe: Descerá sobre 4 8 ff iS m l. 1 1 ; marão bem-aventurada. ti o Espírito Santo, e a virtude do Altíssimo te cobrirá S1138.6; Ml 3.12; 49 Porque me fez *grandes coisas o "Poderoso*; e Lc 11.27 com a sua sombra; pelo que também o Santo, 6que de Santo é o seu nome. 4 9 4 SI 71.19; 50 E a sua misericórdia 'é de geração em geração ti há de nascer, será chamado Filho de Deus. 128.2-3:111.9 sobre os que o temem. * Ver PC em PALAVRA-CHAVE At 2.11. Ver PC em 51 Com o seu braço, *agiu valorosamente, 'dissi­ 1.23 ministério, leltourgia; Strong 3009: Comparar M t 19.26. pou os soberbos no ‘ pensamento de seu coração, 5 0 'G n 17.7; com "liturgia", "litúrgico". De laos, "povo", e ergon, "trabalho". 52 depôs dos tronos 'os ‘ poderosos e ‘ elevou os Êx 20.6; S1103.17 A palavra foi origínalmente usada sobre cidadãos servindo em ‘ humildes; 51 /S I 33.10; cargo público por conta própria. Mais tarde, passou a incluir Sl 98.1; 118.15; 53 encheu de bens mos famintos, despediu vazios serviço militar ou participação comunitária. No NT, leitourgia é Is 40.10; 51.9; os ricos, usada tanto para ministério sacerdotal quanto para doação al­ 52.10; 1Pe 5.5 54 e auxiliou a Israel, seu "servo, recordando-se da truísta. Aqui, refere-se ao ministério sacerdotal no templo. Em *V er PC em U m 6.16. Ver sua misericórdia 2Co 9.12, denota dádivas de caridade como um serviço pres­ PC em Mc 12.30. 55 (como falou a nossos pais) para com Abraão °e tado aos necessitados. Paulo denomina seu ministério para a 5 2 'l S m 2.6; Igreja cristã de leitourgia em Fp 2.17. sua posteridade, para sempre. Jó 5.11; S1113.6 * Ver PC em At 8.27. Ver PC em Tg 4.10. Ver PC em 2Co 7.6. 5 3 m lSm 2.5: SI 34.10 1.31 Jesus é o equivalente grego do hebraico Josué: "0 Se­ 1.45 Notar o contraste evidente entre a resposta de fé de Ma­ ria e a descrença de Zacarias (v. 20). Também devemos notar, nhor é a Salvação". nos caps. 1— 2, como o novo tempo é assinalado pela renova­ 1.32-33 A posição de Jesus como herdeiro do trono de ção do dom da profecia, que esteve latente. As várias profe­ Davi, seu pai e a eternidade de seu Reino o identificam cias e cânticos destes dois capítulos refletem o melhor da 5 4 " S I 98.3; como o Messias (ver 2Sm 7.12-16; Is 9.6-7; SI 132.11-12; Jr 31.3,20 piedade e profecia do AT. 0s cânticos e profecias de Maria (o Dn 7.14; 0s 3.5). 5 5 "G n 17.19; Magnificai, vs. 46-55), Zacarias (Benedictus, vs. 68-79), Si1.35 A concepção de Jesus ocorreu mediante a ação direta do SI132.11; Espírito Santo. Sombra é a mesma palavra usada para a Rm 11.28; Gl 3.16 meão (Nunc Dimittis, 2.29-32) e Ana (2.36-38) refletem uma naturalidade com sensibilidade para com a antiga revelação nuvem da qual falou a voz na Transfiguração. Ambos os usos de Deus no AT (ver, por exemplo, o cântico de Ana, ISm 2.1-10). referem-se à nuvem que manifestava a glória de Deus (Êx 40.34-38). 1.36-37 0 anjo encoraja Maria em sua fé. 1.38 Ver a seção 4 de Verdade em Ação nos Sinóticos, no final de Lucas. 1.38 0 consentimento de Maria arriscaria a perda de sua reputação. 1.46-55 0 cântico de Maria (o Magnificat) é tirado do cântico de Ana (ISm 2.1-10) em condição semelhante a um nascimento miraculoso. Na profecia judaica, as novas mensagens, freqüentemente, são elabo­ rações de antigas revelações, com novo significado e aplicação. 1025 56 E Maria ficou com ela quase três meses e depois voltou para sua casa. O na scim en to d e Jo ã o Batista 57 E completou-se para Isabel o tempo de dar à luz, e teve um filho. 58 E os seus vizinhos e parentes ouviram que tinha Deus *usado para com ela de grande misericórdia alegraram-se com ela. 59 E aconteceu que, ao oitavo qdia, vieram circuncidar o menino e lhe chamavam Zacarias, o nome de seu pai. 60 E, respondendo sua mãe, disse: rNão, porém será chamado João. 61 E disseram-lhe: Ninguém há na tua parentela que se chame por este nome. 62 E perguntaram, por acenos, ao pai como queria que lhe chamassem. 63 E, pedindo ele uma tabuinha de escrever, escre­ veu, dizendo: sO seu *nome é João. E todos se maravi­ lharam. D IN Â M IC A DO REINO MULHERES 1.26-56 M ãe fiel: discípula obediente (Maria). Há uma ad­ miração rodeando Maria, mãe de Jesus, que transcende o pensamento religioso tradicional. Que ela fosse um vaso pri­ vilegiado, escolhida para gerar o filho de Deus, é maravilha bastante, pois ela participa do milagre da Encarnação em um nível que nenhum outro ser humano pode compreender. Está claro que ela não reivindica compreendê-lo por si mesma, mas simplesmente adorou Deus no reconhecimento humilde do fenômeno envolvendo sua existência: “A minha alma en­ grandece ao Senhor", exclamou ela (v. 46). E difícil poder­ mos nos aprofundar nos momentos atordoantes que ela experimentou 1) quando Simeão profetizou sofrimento mental/emocional futuro (2.35); 2) quando ela e José falaram com Jesus depois de terem achado que ele estava perdido em Jerusalém (2.49-50); 3) quando Jesus meigamente recu­ sou-a no casamento em Caná (Jo 2.4); 4) quando Jesus pa­ receu rejeitá-la e também os esforços de seus irmãos para ajudá-lo, embora eles claramente que eles não o compreen­ diam corretamente naquela época (M t 12.46-50). Esses exemplos inspiram nosso aprendizado da sabedoria da per­ sistência e obediência, ao seguirmos as regras básicas de Deus em nossa vida, mesmo quando os detalhes do término de sua vontade não estão claros ou obscurecidos. Maria também é um estudo no caminho de seguir a von­ tade de Deus. Ela podia ter buscado uma posição mais alta entre aqueles que viam Jesus pelo que ele era — Messias — , mas, ao invés disso, 1) ela continuou firme ao seu lado durante todo o caminho até a cruz, ao invés de proteger a si mesma (Jo 19.25); e 2) ela juntou-se obedientemente aos outros discípulos de Jesus no cenáculo e esperou que ele ordenasse a chegada do Espírito Santo (At 1.14). Maria é um modelo de obediência responsável, uma pes­ soa que sobreviveu às suas próprias diretrizes aos servos em Caná — conselho eterno para todas as eras: "Fazei tudo quanto ele vos disser" (Jo 2.5). (Et 4.i/Lc 2.36-38). f.l . 5 8 p Lc 1.14 * Ver PC em At 5.13. 5 9 <7 Gn 17.12; Lv 12.3 6 0 r Lc 1.13 6 3 H c 1.13 * Ver PC em Jo 12.13. LUCAS 1, 2 64 E logo a boca se lhe abriu, 'e a língua se lhe sol­ tou; e faiava, louvando a Deus. 65 E veio temor sobre todos os seus vizinhos, e em todas as "montanhas da Judeia foram divulgadas to­ das essas coisas. 66 E todos os que as ouviam as conservavam em seu coração, dizendo: "Quem será, pois, este menino? E a mão do Senhor estava com ele. O cântico d e Zacarias 67 E Zacarias, seu pai, foi cheio do "Espírito Santo e profetizou, dizendo: 68 Bendito "o Senhor, Deus de Israel, porque visi­ tou e remiu o seu povo! 69 E nos levantou ‘’uma ‘ salvação poderosa ana casa de Davi, seu servo, 70 como falou pela boca dos 4seus santos profetas, desde o princípio do mundo, 71 para nos livrar dos nossos inimigos e das mãos de todos os que nos aborrecem 72 e para manifestar "misericórdia a nossos pais, e para lembrar-se do seu santo ‘ concerto 73 e do juramento "que jurou a Abraão, nosso 6 4 'L c 1.20 65 " L c 1.39 pai, . 6 6 v Lc 2.19; 74 de conceder-nos que, libertados das mãos de Gn 39.2; SI 80.17 nossos inimigos, eo servíssemos sem temor, 6 7 * J| 2.28 75 em ’santidade e justiça perante ele, todos os dias 6 8 z 1Rs 1.48; SI41.13; 111.9; da nossa vida. Êx 3.16 76 E tu, ó menino, serás chamado profeta do Altís­ 6 9 a S1132.17 simo, porque hás de ir ante 5a face do Senhor, a pre­ 4Gr. um chifre da salvação * Ver PC parar os seus caminhos, em Lc 19.9. 77 para dar ao seu povo conhecimento da salvação, 7 0 & Jr 23.5; ''na ‘ remissão dos seus pecados, Dn 9.24; At 3.21; 78 pelas entranhas da misericórdia do nosso Deus, Rm 1.2 com que o oriente do alto 'nos visitou, 72 c Lv 26.42; SI 98.3:106.45; 79 para 'alumiar os que estão assentados em ‘ tre­ Ez 16.60* Ver PC vas e sombra de morte, a fim de dirigir os nossos pés em Mc 14.24. pelo caminho da p a z . 7 3 d Qn 12.3; 80 E o 'menino crescia, e se robustecia em espírito, 17.4; Hb 6.13,17 7 4 e Rm6.18; e esteve nos desertos até ao dia em que havia de mosHb 9.14 trar-se a Israel. 7 5 ' Jr 32.39; Ef 4.24; 2Ts 2.13; 2Tm 1.9; Tt 2.12; IPe 1.15; 2Pe 1.4 7 6 5 Is 40.3; Ml 3.1:4.5: M t 11.10: Lc 1.17 77 * Mc 1.4; Lc 3.3 * Ver PC em Hb 9.22. 78Ms1T.11; Ml 4.2 7 9 /Is 9.2; 42.7; 49.9; M t 4.16; At 26.18* Ver PC em Lc 11.35. 8 0 1 Lc 2.40; M t 3.1; 11.7 1.59 Bebês do sexo masculino recebiam nome ao oitavo dia, quando eram circuncidados. Normalmente, a criança receberia o mesmo nome do pai. O n a scim en to d e Je s u s E aconteceu, naqueles dias, que saiu um decreto da parte de César Augusto, para que todo o mun­ do se alistasse. 2 / PALAVRA-CHAVE 1.79 paz, eirene; Strong 1515: Comparar com "irênico" e "Irene” . Um estado de descanso, quietude e calma; inexistência de rivalidade; tranquilidade. Geralmente, denota um perfeito bem-estar. Eirene inclui relacionamentos harmô­ nicos entre Deus e os seres humanos, os seres humanos en­ tre si, nações e famílias. Jesus, como o Príncipe da Paz, dá paz àqueles que o invocam para salvação pessoal. 1.62 Aparentemente, Zacarias tinha sido temporariamente surdo bem com mudo (v. 20). Maria. A redenção que ele realiza é uma visita de Deus, uma intervenção direta. Também é o levantamento de uma salvação pode­ rosa, símbolo de força (ver Ez 29.21). A segunda parte do cântico (vs. 76-79) refere-se ao ministério profético de João como o predecessor do Messias. 1.68-79 Este cântico é comumente, conhecido como o Benedictus, da primeira palavra do texto latino. A primeira parte (vs. 68-75) trata da salvação que está prestes a aparecer na Pessoa do Messias, filho de 2.1-2 Lucas estabelece meticulosamente as circunstâncias históricas que envolvem o nascimento de Jesus, relacionando-as com aconteci­ mentos do Império Romano. César Augusto foi imperador de 30 a.C. até LUCAS 2 1026 2 (Este primeiro '’ alistamento foi feito sendo Cirê- C a p ítu lo 2 2 « A t 5.37 nio governador da Síria.) 4i>1Sm 16.1,4: 3 E todos iam alistar-se, cada um à sua própria ci­ Jo 7.42: M t 1.16; Lc 1.27 dade. 5 c M t 1.18; 4 E subiu da Galiléia também José, da cidade de Lc 1.27 Nazaré, à Judéia, ftà cidade de Davi chamada Belém 7 < tM t1 .2 5 (porque era da casa e família de Davi), 9 e Lc 1.12 * Ver PC em Jo 2.11. 5 a fim de alistar-se com ’Maria, sua mulher, que 1 0 f Gn 12.3; estava grávida. M t 28.19; 6 E aconteceu que, estando eles ali, se cumpriram Mc 1.15; Lc 24.47; os dias em que ela havia de dar à luz. Cl 1.23 1 1 9 Is 9.6; 7 E deu à ‘'luz o seu filho primogênito, e envolveuo em panos, e deitou-o numa manjedoura, porque M t 1.21; 2.6; 16.6; At 2.36; Fp 2.11 não havia lugar para eles na estalagem. * Ver PC em A circu n cisã o e a a p resentação d e Je s u s 21 E, quando os moito dias foram cumpridos para circuncidar o menino, foi-lhe dado o nome de Jesus, que pelo anjo lhe fora posto antes de ser concebido. 22 E, cumprindo-se os dias da purificação, ’ segundo a lei de Moisés, o levaram a Jerusalém, para o apresen­ tarem ao Senhor 23 (segundo o que está escrito na lei do Senhor: Todo "macho primogênito será consagrado ao Senhor) 24 e para darem a oferta segundo o ^disposto na lei do Senhor: um par de rolas ou dois pombinhos. Sim eão e Ana 25 Havia em Jerusalém um homem cujo nome era Simeão; e este homem era justo e temente a Deus, es­ Jo 4.42. 13 h Gn 28.12; perando a "consolação de Israel; e o Espírito Santo es­ S1103.20; tava sobre ele. 0n 7.10; Hb 1.14; 26 E fora-lhe revelado pelo Espírito Santo ‘que ele Ap 5.11 não morreria antes de ter visto o Cristo do Senhor. 1 4 ' Lc 19.38; Ef 1.6; 2.17; 27 E, pelo "Espírito, foi ao templo e, quando os pais Ap 5.13; Is 57.19; trouxeram o menino Jesus, para com ele procederem Rm 5.1; Cl 1.20 /J o 3.16; Ef 2.4,7; segundo o uso da lei, 28 ele, então, o tomou em seus braços, e louvou a 2Ts 2.16; 1Jo 4.9 1 5 * Ver PC em Deus, e disse: Mt 4.11. Ver PC 29 Agora, ‘ Senhor, 'podes despedir em paz o teu em Jo 10.2. ‘ servo, segundo a tua palavra, 1 9 ' 6n 37.11; 30 pois já os meus "olhos viram a tua ‘ salvação, Lc 1.66; 2.51 * Ver PC em Ap 2.23. 31 a qual tu preparaste perante a face de todos os povos, 2 0 * Ver PC em 32 luz ’'para alumiar as nações e para glória de teu Jo 10.2. povo Israel. 2 1 ra Lv 12.3; 33 José e Maria se maravilharam das coisas que Lc 1.31,59; M t 1.21,25 dele se diziam. 2 2 n Lv 12.2-4,6 34 E Simeão os abençoou e disse à Maria, sua mãe: 2 3 o Êx 13 2; Eis que este é posto para queda e elevação xde muitos 22.29; 34.19; em Israel e para sinal que é contraditado Nm 3.13; 8.17; 18.15 35 (e uma espada "traspassará também a tua pró­ 2 4 PLv 12.2,6,8 pria alma), para que se manifestem os pensamentos 2 5 9 Is 40.1; Mc 15.43; Lc 2,38 de muitos corações. 2 6 r SI 88.48; O s pa sto res d e B elém 8 Ora, havia, naquela mesma comarca, pastores que estavam no campo e guardavam durante as vigílias da noite o seu rebanho. 9 E eis que um anjo do Senhor veio sobre eles, e a ‘ glória do Senhor os cercou de resplendor, ee tiveram grande temor. 10 E o anjo lhes disse: Não temais, porque eis aqui vos trago novas de grande alegria, 'que será para todo o povo, 11 pois, na cidade de Davi, vos"nasceu hoje o *Salvador, que é Cristo, o Senhor. 12 E isto vos será p or sinal: achareis o menino en­ volto em panos e deitado numa manjedoura. 13 E, no mesmo instante, '’apareceu com o anjo uma multidão dos exércitos celestiais, louvando a Deus e dizendo: 14 Glória a Deus nas 'alturas, paz na terra, ‘boa von­ tade para com os homens! 15 E aconteceu que, ausentando-se deles os *anjos para o céu, disseram os ‘ pastores uns aos outros: Va­ mos, pois, até Belém e vejamos isso que aconteceu e que o Senhor nos fez saber. 16 E foram apressadamente e acharam Maria, e Hb 11.5 José, e o menino deitado na manjedoura. 2 7 « M t 4.1 17 E, vendo-o, divulgaram a palavra que acerca do 2 9 ( Gn 46.30; menino lhes fora dita. Fp 1.23* Ver PC 18 E todos os que a ouviram se maravilharam do em Jd 4. Ver PC em Ap 19.5. que os pastores lhes diziam. 3 0 " Is 52.10; 19 Mas 'Maria guardava todas essas coisas, confe­ Lc 3 .6 * Ver PC em rindo-as em seu ‘ coração. At 28.28. 20 E voltaram os ‘ pastores glorificando e louvando 3 2 v |s 9.2; 42.6; a Deus por tudo o que tinham ouvido e visto, como M t 4.16; At 13.47; 28.28 lhes havia sido dito. 3 4 * Is 8.14; X PALAVRA-CHAVE X 2.35 pensamentos, dialogismos; Strong 1261: Comparar com "diálogo". Argumentação íntima, questionamento, con­ sideração e deliberação internos; revirar os pensamentos na mente; avaliação por questões, opiniões, propósitos e disputas mentais. Dialogismos é o pensamento de um ser humano que está 1) deliberando consigo, 2) acertando contas, e 3) receoso devido a seu estado de indecisão. Mediante a aceitação ou rejei­ ção de Cristo, os verdadeiros pensamentos do coração de al­ guém em relação a si mesmo e a Deus tomam-se claros. Os 14.9; M t 21.41; 14 d.C. Cirènio foi governador da Síria durante 10-7 a.C. e mais Rm 9.32; 1Co 1.23; 2.22 A cerimônia da purificação, descrita em Lv 12.2-8, acon­ tarde exerceu um segundo mandato durante 6-9 d.C. 0 alista­ 2Co 2.16; 1Cr 2.7; teceu 40 dias depois do nascimento de uma criança do sexo At 28.22 masculino. mento era feito com o objetivo de cobrança, de imposto. 3 5 z SI 42.10; 2.3-4 0 chefe de cada família viajava para a cidade onde eram 2.24 0 sacrifício é do tipo prescrito para os pobres (Lv 12.8). Jo 19.25 mantidos os registros de seus antepassados. 2.25-27 Lucas enfatiza a ação do Espírito Santo. A consolação 2.7 0 termo primogênito sugere outros filhos nascidos mais tarde de Israel refere-se ao consolo que o Messias traria para seu povo (ver Is (contrastar com "filho único" em 7.12), Panos eram longas tiras de te­ 40.1-2). cido usadas para envolver bebês. 2.29-32 A declaração profética de Simeão é conhecida como Nunc Di2.8 0 rebanho era guardado a céu aberto entre março e dezembro. Não mlttis, das primeiras palavras do texto latino. 0 cântico enfatiza que Je­ se pode estabelecer uma data exata para o nascimento de Jesus. Não sus é o Salvador universal. sabemos exatamente quando ou por que a Igreja escolheu 25 de dezem­ 2.34 Nem todos aceitarão a salvação que Jesus oferece; alguns se es­ bro. A primeira celebração registrada de Natal foi em Roma, em 354 d.C. 2.14 Nas alturas não se refere apenas ao nível mais alto, mas ao mais candalizarão nele. alta esfera, o céu. Boa vontade: As pessoas não podem estar em paz 2.35 A oposição a Jesus atingirá seu clímax na cruz, onde Maria expe­ rimentará uma angústia aguda. umas com as outras enquanto não estiverem em paz com Deus. 1027 36 E estava ali a profetisa Ana, filha de Fanuel, da tri­ 37 a At 26.7-8; 1Tm5.5 bo de Aser. Esta era já avançada em idade, e tinha vivi­ 3 8 * Mc 15.43; do com o marido sete anos, desde a sua virgindade, Lc 2.25; 24.21 4 0 c Lc 1.30; 37 e era viúva, de quase oitenta e quatro anos, e 2.52 não se afastava do templo, 3servindo a D e u s em je ­ 41 * Êx 23.15; juns e orações, de noite e de dia. 34.23; Dt 16.1,16 38 E, sobrevindo na mesma hora, ela dava graças a 4 3 * Ver PC Deus e falava dele a todos os ‘ que esperavam a reden­ em U o 2.5. Ver PC em M t 24.13. ção em Jerusalém. O m en in o Je s u s no m eio dos do utores 39 E, quando acabaram de cumprir tudo segundo a lei do Senhor, voltaram à Galiléia, para a sua cidade de Nazaré. 40 E o menino "crescia e se fortalecia em espírito, cheio de sabedoria; e a graça de Deus estava sobre ele. 41 Ora, todos os anos, iam seus pais a Jerusalém, rfà Festa da Páscoa. 42 E, tendo ele já doze anos, subiram a Jerusalém, segundo o costume do dia da festa. 43 E, regressando eles, ‘ terminados aqueles dias, ‘ ficou o menino Jesus em Jerusalém, e não o soube­ ram seus pais. 44 Pensando, porém, eles que viria de companhia pelo caminho, andaram caminho de um dia e procu­ ravam-no entre os parentes e conhecidos. i F 7 I D I N Â M I C A D O R E IN O MULHERES [& ]■ 2.36-38 Uma notável mulher idosa e viúva (Ana). Ana, a profetisa, veio de Aser, a tribo que seria abençoada e que de­ veria "banhar em azeite o seu pé" (Dt 33.24) — um sinal de alegria e felicidade. Mas também os descendentes de Aser deveriam ter sapatos de "ferro e metal", denotando força (Dt 33.25). Ana exemplificou essas qualidades de unção e firme­ za. Depois de ficar casada durante apenas sete anos, seu marido morreu, e essa viúva escolheu uma vida de jejum e oração no templo. Ela "não se afastava do templo, servindo a Deus" (Lc 2.36-37), caminhando claramente em pureza mo­ ral e serviço dedicado. Sua unção profética não foi contaminada pelo espírito da idade. Sua profecia histórica relacionada com Jesus cha­ mou a atenção de todos os presentes para a singularidade da Criança então levada ao templo para dedicação (v. 22). 0 nome "Ana" significa "benevolência" ou "graça" e origina-se do hebraico chanan, que significa "curvar ou inclinar-se em sinal de generosidade" e "encontrar e mostrar benevolên­ cia". Ela encontrou benevolência aos olhos de Deus, pois ele revelou o Messias, a Esperança de Israel, a seus olhos ido­ sos. Seu ministério ungido durante os anos mais tardios de sua vida oferece uma promessa para as mulheres mais velhas. Há sempre um ministério esperando os sensíveis, obedientes e puros — ministério que pode influenciar e moldar a geração em ascensão. (Tt 2.2-5). (Lc i 26-56/Lc 8.2) f.l . ______________ LUCAS 2 , 3 45 E, como o não encontrassem, voltaram a Jerusa­ lém em busca dele. 46 E aconteceu que, passados três dias, o acharam no templo, assentado no meio dos doutores, ouvindoos e interrogando-os. 47 E todos eos que o ouviam admiravam a sua inte­ ligência e respostas. 48 E, quando o viram, maravilharam-se, e disselhe sua mãe: Filho, por que fizeste assim para co­ nosco? Eis que teu pai e eu, ansiosos, te procuráva­ mos. 49 E ele lhes disse: Por que é que me procuráveis? Não sabeis que me convém 'tratar dos negócios de meu Pai? 50 E eles não "compreenderam as palavras que lhes dizia. 51 E desceu com eles, e foi para Nazaré, e era-lhes *sujeito. E sua mãe '’guardava no coração todas essas coisas. 52 E 'crescia Jesus em ‘ sabedoria, e em estatura, e em graça para com Deus e os homens. A p rega çã o d e Jo ã o Batista (Mt 3.1-12; Mc 1.2-8; Jo 1.19-28) 3 E, no ano quinze do império de Tibério César, sendo Pôncio Pilatos governador dajudéia, e He4 7 e M t 7.28; rodes, tetrarca da Galiléia, e seu irmão Filipe, tetrarMc 1.22; ca da Ituréia e da província de Traconites, e Lisânias, Lc 4.22,32; Jo 7.15.46 tetrarca de Abilene, 4 9 (J o 2 .1 6 2 sendo Anãs se Caifás sumos sacerdotes, veio no 5 0 9 Lc 9.45; deserto a ‘ palavra de Deus a João, filho de Zacarias. 18.34 3 E percorreu toda a terra ao redor do Jordão, ‘ pre­ 5 1 4 Lc 2.19; Dn 7.28 * Ver PC gando* o ‘ batismo de arrependimento, para o per­ em 1Co 14.32. dão dos pecados, 5 2 >1 Sm 2.26; 4 segundo o que está escrito no livro das palavras Lc 2.40* Ver PC cdo profeta Isaías, que diz: Voz do que clama no de­ em At 6.10. serto: Preparai o caminho do Senhor; endireitai as C a p ítu lo 3 suas veredas. 2 a Jo 11.49,51; 5 Todo vale se encherá, e se ‘ abaixará todo monte 18.13; At 4 .6 * Ver e outeiro; e o que é tortuoso se endireitará, e os cami­ PC em M t 4.4. 3 b M t 3.1 : nhos escabrosos se aplanarão; Mc 1.4; Lc 1.77 6 e toda '-'carne* verá a ‘ salvação de Deus. * Ver PC em At 9.20. Ver PC em M t 21.25. 4 c Is 40.3; M t 3.3; Mc 1.3; Jo 1.23 5 * Ver PC em M t 18.4. 6 * SI 92.2; Is 52.10; Lc 2.11 * Ver PC em M t 26.41. Ver PC em At 28.28. 2.40 Lucas enfatiza a completa humanidade de Jesus. 2.41 A lei judaica exigia que os homens comparecessem às festas da Páscoa, Pentecostes e Tabernáculos (Êx 23.14-17; Dt 16.16). 2.42 Aos 12 anos, um menino judeu tornava-se "filho da Lei" e come­ çava a observar as exigências da Lei. 2.44 Companhia: 0s aldeãos que faziam peregrinações para Jerusa­ lém costumavam viajar em caravanas, com mulheres e homens na frente. Cada parente achava que Jesus estava com o outro. 2.49 Jesus mostra consciência de seu relacionamento único com o Pai, bem como consciência de sua missão. PALAVRA-CHAVE_________________ 2.47 inteligência, sunesis; Strong 4907: Literalmente, "juntar"; daí, rapidez de apreensão, a capacidade crítica para se apreender claramente, avaliando uma situação com inteli­ gência. Comparável ao idioma moderno "juntar dois mais dois". 0 NT usa duas palavras para inteligência; phronesis e sunesis. Phronesis age, enquanto sunesis julga. Phronesis é o lado prático da mente, enquanto sunesis é o lado analítico e discerne. 2.51 Mesmo como Filho de Deus, Jesus permaneceu sob os cuidados e direção de seus pais terrenos. 3.1 Tibério César começou a governar as províncias de Roma como co-imperador com Augusto, em 12 d.C., e governou sozinho como im ­ perador durante 14-37 d.C. 0 ano quinze era cerca de 26 d.C. Pôncio Pilatos foi governador durante 26-36 d.C. 3.2 Embora Caifás fosse o sumo sacerdote, seu sogro Anãs, que era o ex-sumo sacerdote, era o verdadeiro poder por trás do ofício. 3.3-9 Ver as notas em M t 3.1-10. 1028 LUGAS 3 7 Dizia, pois, João à multidão que saía para ser bati­ zada por ele: eRaça de víboras, quem vos ensinou a fugir da ira que está para vir? 8 Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento e não comeceis a dizer em vós mesmos: Temos Abraão por pai, porque eu vos digo que até destas pedras pode Deus suscitar filhos a Abraão. 9 E também já está posto o machado à raiz das ár­ vores; 'toda árvore, pois, que não dá bom fruto é cor­ tada e lançada no fogo. 10 E a multidão o interrogava, dizendo: SQue fare­ mos, pois? 11 E, respondendo ele, disse-lhes: Quem tiver Muas túnicas, que *reparta com o que não tem, e quem tiver alimentos, que faça da mesma maneira. 12 E chegaram também 'uns publicanos, para se­ rem batizados, e disseram-lhe: Mestre, que devemos fazer? 13 E ele lhes disse: 'Não peçais mais do que aquilo que vos está ordenado. 14 E uns soldados o interrogaram também, dizen­ do: E nós, que faremos? E ele lhes disse: 'A ninguém trateis mal, nem defraudeis e contentai-vos com o vosso soldo. is E, estando o povo em expectação e pensando to­ dos de João, em seu coração, se, porventura, seria o Cristo, Hl 16 respondeu João a todos, dizendo: mEu, na verda­ de, batizo-vos com água, mas eis que vem aquele que é mais poderoso do que eu, a quem eu não sou digno de desatar a correia das sandálias; este vos batizará com o Espírito Santo e com fogo. 17 Ele tem a pá na sua mão, e limpará a sua eira, "e ajuntará o trigo no seu celeiro, mas queimará a palha com fogo que nunca se apaga. 18 E assim admoestando-os, muitas outras coisas também anunciava ao povo. 19 Sendo, porém, o "tetrarca Herodes repreendido por ele por causa de Herodias, mulher de seu irmão Fi­ lipe, e por todas as maldades que Herodes tinha feito, 20 acrescentou a todas as outras ainda esta, a de encerrar João num cárcere. O batism o d e Je s u s (Mt 3.13-17; Mc 1.9-1 l;J o 1.32-34) 21 E aconteceu que, como todo o povo se batiza- 7 e Mt3.7 9 1 Mt 7.19 1 0 ff At 2.37 1 1 * Lc 11.41; 2Co 8.14; Tg 2.15: U o 3.17 * Ver PC em Rm 1.11. 1 2 'M t 21.32: Lc 7.29 1 3 / Lc 19.8 1 4 / Êx 23.1; Lv 19,11 1 6 ” M t3.11 17 c Mq 4.12; Mt 13.30 1 9 0 M t 14.3; Mc 6.17 D I N Â M I C A D O R E IN O CARACTERÍSTICAS D0 LÍDER 3.1-20 Intrepidez. João Batista começou seu ministério pro­ fético não somente com a mensagem positiva anunciando a chegada do Messias, mas também chamando confrontadamente as pessoas ao arrependimento. Teria sido bem mais seguro simplesmente proclamar as boas novas, mas João foi obediente ao ministério profético que desafiou a indiferen­ ça e o pecado humanos. Seu ministério foi marcado peio ar­ rojo, ousando pregar o que não era popular. Ele repreendeu os religiosos |v. 8), chamou para o altruísmo (vs. 10-11), de­ nunciou a desonestidade (vs. 12-13) e exigiu administração eqüitativa de autoridade (v. 14). Mais tarde, ele enfrentou a imoralidade tolerada na liderança (Mc 6.18) e, por isso, final­ mente foi preso e decapitado. 0 tributo de Jesus ao ministé­ rio de João (M t 11.11) permanece como um testemunho à lealdade e arrojo como qualidades dignas para os líderes. tv (Jz4— 5/lCo 12.28) J.B. va, sendo batizado tam bém Jesus, orando ele, o céu se abriu, 22 e o Espírito Santo desceu sobre ele em forma corpórea, como uma pomba; e ouviu-se uma voz do céu, que dizia: Tu és meu Filho amado; em ti me te­ nho comprazido. A gen ea lo gia d e Je s u s (Mt 1.1-17) 2 3 P Mm 4.3,35, 39,43,47 3 1 4 Zc 12.12; 2Sm 5.14; 1Cr 2.10; 3.5; Rt 4.18 3.7 Para ser batizada: 0s judeus batizavam os gentios que desejavam tornar-se judeus (prosélitos). Os candidatos gentios não eram apenas batizados, mas também os homens eram circuncidados, e ofereciam sacrifício. 0 fato de João ter batizado judeus é radical, isto é, eles são vistos como não menos necessitados do que os gentios. A descendên­ cia física de Abraão não é suficiente (v. 8). 3.8 Arrependimento: Aqui, o termo significa um pesar interno que re­ sulta em "mudança". A expressão de tal "mudança" das pessoas (v. 11), os publicanos (v. 13) e os soldados (v. 14), é concrela e prática. Cada um dos três grupos é ordenado a mudar um tipo de comporta­ mento, dentro de sua esfera de vida. Filhos: Existe um jogo de pala­ vras consciente entre "filhos" e "pedras", que em aramaico (e hebraico) soam quase idênticas. 3.10-14 Em resposta às perguntas das pessoas, João insistia que o ar­ rependimento não era um termo teológico abstrato ou uma questão de forma e cerimônia. Ao invés disso, era uma mudança radical de uma existência de ganância, desonestidade e descontentamento centrados 23 E o mesmo Jesus começava a ser de quase "trin­ ta anos, sendo (como se cuidava) filho de José, e José, de Eli, 24 e Eli, de Matate, e M atate, de Levi, e Levi, de Melqui, eM elqu i, de Janai, ejan ai, de José, 25 e Jo sé, de Matatias, e M atatias, de Amós, e Amós, de Naum, e Naum, de Esli, e Esli, de Nagai, 26 e Nagai, de Maate, e M aate, de Matatias, e Ma­ tatias, de Semei, e Sem ei, de José, e jo s é , de Jodá, 27 eJod á, de Joanã, ejoan ã, de Resa, eR esa, de Zorobabel, e Zorobabel, de Salatiel, e Saiatiel, de Neri, 28 e Neri, de Melqui, e M elqui, de Adi, e Adi, de Cosã, e Cosã, de Elmadã, e Elmadã, de Er, 29 e Er, de Josué, e Josu é, de Eliézer, e Eliézer, de Jorim, e Jorim , de Matate, e M atate, de Levi, 30 e Levi, de Simeão, e Sim eão, de Judá, e Judá, de José, e jo s é , de Jonã, ejo n ã , de Eliaquim, 31 e Eliaquim, de Meleá, eM eleá, de Mená, eM ená, de Matatá, e Matatá, de Natã, "e Natã, de Davi, em si mesmo para uma expressão prática de relacionamentos morais e éticos com os outros. 3.15 0 ministério profético de João instigou as esperanças messiâni­ cas das pessoas. 3.16- 18 Ver a nota em M t 3.11. 3.16- 17 Ver a seção 11 de Verdade em Ação nos Sinóticos, no final de Lucas. 3.19-20 Ver a nota em M t 14.3. 3.21-22 Ver as notas em M t 3.14-17. 3.23-38 Em relação às duas genealogias de Jesus do Evangelho, Ma­ teus traça a linhagem de Jesus de Abraão até José (M t 1.1 -16), embo­ ra tenha o cuidado de não salientar que José não foi o verdadeiro pai de Jesus (M t 1.18). Seu propósito, como estava escrevendo para uma audiência judaica, era provar que Jesus era o Messias prometido. Decla­ rando especificamente que Jesus era o filho de José, como se cuidava, Lucas ascende a linhagem familiar até Adão, identificando assim Jesus universalmente com a raça humana. Alguns comentaristas creditam 1029 32 e Davi, de Jessé, e je s s é , de Obede, e O bede, de Boaz, e Eoaz, de Salá, e S ali, de Naassom, 33 e Naassom, de Aminadabe, e Amínadabe, de Admim, eAdmim, de Ami, eA m i, de Esrom, eEsrom , de Perez, e Perez, de Judá, 34 e Judá, de Jacó, e Jacó, de Isaque, e Isaque, de Abraão, e Abraão, de Tera, 'e Tera de Naor, 35 e Naor, de Serugue, e Serugue, de Ragaú, e Ragaú, de Faleque, e Faleque, de Éber, e Eber, de Salá, 36 e Salá, de Cainã, se Cainã, de Arfaxade, e Arfaxade, de Sem, 'eSem , de Noé, e N oé, de Lameque, 37 e Lam eque, de Metusalém, e M etusalém, de Enoque, e Enoque, de Jarede, eja red e, de Maalalel, e M aalalel, de Cainã, 38 e Cainã, de Enos, e Enos, de Sete, e Sete, de Adão, "e Adão, de Deus. 3 4 r Qn 11.24 3 6 s Gn 11.12 'G n 5.6; 11.10 3 8 1 Gn 5.1-2 C a p ítu lo 4 1 8 M t 4.1; Mc 1.12; Lc 2.27; 4.14* Ver PC em At 7.33. 2 b Êx 34.28: 1Rs 19.8* Ver PC em Ap 2.10. 4 c Dt 8.3 6 a Jo 12.31; 14.30; Ap 13.2.7 S e Dt 6.13; 10.20 * Ver PC em Ap 4.10. 9 ' M t 4.5 10 9 SI 91.11-12 ___ A tentação d e Je s u s E Jesus, cheio do Espírito *Santo, voltou do Jor­ dão ae foi levado peio Espírito ao deserto. 2 E quarenta dias foi *tentado pelo diabo, e, naque­ les dias, ^não comeu coisa alguma, e, terminados eles, teve fome. 3 E disse-lhe o diabo: Se tu és o Filho de Deus, dize a esta pedra que se transforme em pão. 4 E Jesus lhe respondeu, dizendo: Escrito está cque nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra de Deus. 5 E o diabo, levando-o a um alto monte, mostrou-lhe, num momento de tempo, todos os reinos do mundo. 6 E disse-lhe o diabo: Dar-te-ei a ti todo este poder e a sua glória, porque a mim me foi entregue, de douo a quem quero. 7 Portanto, se tu me adorares, tudo será teu. 8 E Jesus, respondendo, disse-lhe: Vai-te, Satanás, porque está escrito: "Adorarás* o Senhor, teu Deus, e só a ele servirás. 9 Levou-o também a Jerusalém, fe pô-lo sobre o piná­ culo do templo, e disse-lhe: Se tu és o Filho de Deus, lança-te daqui abaixo, 10 porque está escrito: »Mandará aos seus anjos, acerca de ti, que te guardem ____ ______________ LUCAS 3 , 4 11 e que te sustenham nas mãos, para que nunca tropeces com o teu pé em alguma pedra. 12 E Jesus, respondendo, '’disse-lhe: Dito está: Não tentarás ao Senhor, teu Deus. 13 E, acabando o 'diabo toda a tentação, ausentouse dele por algum tempo. (Mt 4.1-11; Mc 1.12-13) 4 ___ Je s u s é exp u lso d e N azaré (Mt 4.12-17; 13.53-58; Mc 1.14-15; 6.1-6) 14 Então, 'pela virtude do Espírito, voltou Jesus D IN Â M IC A DO REINO_____________ CONFLITO E 0 REINO 4.1-12 0 "governante" maligno da Terra. Quando Jesus enfrenta Satanás, ele expõe dramaticamente o relaciona­ mento do Adversário com o mundo atual. Notar o significa­ do na oferta de Satanás a Jesus de "todos os reinos do mundo". Aqui, vemos o Adversário como administrador da maldição neste planeta, um papel que é seu desde que o homem teve seu domínio confiscado e perdido na queda. Por esse motivo, Jesus não contesta o direito do Diabo de fazer essa oferta dos reinos e glória deste mundo, mas nega preoisamente as condições para que ela seja alcançada. Ele está aqui para ganhá-los novamente e finalmente ven­ cê-los, mas ele o fará de acordo com as condições do Pai e não com as do Adversário. Ainda, os sistemas do mundo atual são amplamente fundamentados pelas regra lim ita­ das porém poderosas e destrutivas daquele que Jesus chama de o "príncipe deste mundo" (Jo 12.31; 16.30). Compreendendo esses fatos, nós somos sábios em não atribuir a Deus nada da desordem de nosso planeta confu­ so, crivado de pecados, cheio de moléstias, de tragédias e atormentado. Este "presente século mau" (Gl 1.4) "está no maligno" (1 Jo 5.19). Vias Jesus também disse que as leis de Satanás serão "vencidas" e que ele "não tem nada em mim", isto é, nenhum controle sobre Cristo. "M aior é o que está em vós do que o que está no mundo" (1 Jo 4.4). !At1 3-8/Mt 11.12) J.W.H. D IN Â M IC A DO REINO__________________ 1 2 » Dt 6.16 1 3 ' Jo 14.30; Hb 4.15 1 4 1 M t 4.12; Jo 4.43; Lc 4.1 as diferenças às duas genealogias ao assumirem que Mateus dá a linhagem legal da descendência real, enquanto Lucas dá a linhagem de Maria, a única parenta humana de Jesus. Nesse caso, José pode ser reconhecido como filho de seu pai Eli através do casamento (v. 23). RESPOSTAS ESPIRITUAIS 4.12 24. Há algo de errado em jogar. Para a resposta a esta e a outras perguntas sobre Deus e o poder da vida em seu Reino, ver o artigo de estudo "Respostas Espirituais a Ques­ tões Difíceis", que começa na página 1373. p.R. 4.21-12 Ver as notas em M t 4.1-10. As tentações descritas eram apenas típicas de uma luta muito maior que Jesus travou com o diabo. 0s ataques de Satanás conti­ nuaram durante o ministério de Jesus (ver Hb 2.18; 4.15). j f ^ i TENTAÇÃO: O CONTRASTE ENTRE OS DOIS A DÃ O S (4.1-2) I J o 2 .1 6 "a concup iscência da carne" "a concup iscência dos olhos" "a soberba da vida" G n 3 .6 0 p rim e iro A d ã o L c 4 .1 -1 3 0 s e g u n d o A d ã o - C r is to "aqu ela á rv o re era boa para se c o m e r" "dize a esta p ed ra q u e se tra n s fo rm e em pão" "era ag ra d á v e l aos olhos" "o dia b o ... m o s tro u -lh e ... to d o s os rein os do m u n d o " "árvo re d e sejável para dar e n te n d im e n to " "lança-te daqui abaixo" Tanto Adão quanto Cristo enfrentaram três aspectos da tentação. Adão rendeu-se, trazendo o pecado e a morte sobre a humanidade. Cristo re­ sistiu, resultando em justificação e vida. LUCAS 4 para a Galiléia, 'e .a sua fama correu por todas as terras em derredor. 15 E ensinava nas suas sinagogas e por todos era louvado. 16 E, chegando a mNazaré, onde fora criado, en­ trou num dia de sábado, segundo o seu costume, na sinagoga e levantou-se para *ler. 17 E foi-lhe dado o livro do profeta Isaías; e, quan­ do abriu o livro, achou o lugar em que estava escrito: 18 O Espírito "do Senhor é sobre mim, pois que me ungiu para evangelizar os pobres, enviou-me a curar os ‘ quebrantados do coração, 19 a apregoar 5liberdade aos cativos, a dar vista aos cegos, a pôr em 5liberdade os oprimidos, a anunciar o ano aceitável do Senhor. 20 E, cerrando o livro e tornando a dá-to ao minis­ tro, assentou-se; e os olhos de todos na sinagoga esta­ vam fitos nele. 21 Então, começou a dizer-lhes: Hoje se cumpriu esta Escritura em vossos ouvidos. 22 E todos lhe davam testemunho, e se maravilha­ vam °das palavras de graça que saíam da sua boca, e diziam: Não é este o filho de José? 23 E ele lhes disse: Sem dúvida, me direis este pro­ vérbio: Médico, cura-te a ti mesmo; faze também aqui na tua pátria tudo o que ouvimos ter''sido feito em Cafarnaum. 24 E disse: ’ Em verdade vos digo que nenhum pro­ feta é bem recebido na sua pátria. 25 Em ‘ verdade vos digo "que muitas viúvas exis­ tiam em Israel nos dias de Elias, quando o céu se cer­ rou por três anos e seis meses, de sorte que em toda a> terra houve grande fome; 26 e a nenhuma delas foi enviado Elias, senão a Sarepta de Sidom, a uma mulher viúva. 27 E muitos leprosos havia em "Israel no tempo do ‘ profeta Eliseu, e nenhum deles foi purificado, senão Naamã, o siro. 28 E todos, na sinagoga, ouvindo essas coisas, se encheram de ira. 29 E, levantando-se, o expulsaram da cidade e o le­ varam até ao cume do monte em que a cidade deles estava edificada, para dali o precipitarem. 1030 'A t 10.37 1 6 m Mt 2.23; 13.54; Mc 6.1; At 13.14; 17.2 * Ver PC em i Mc 13.14. 1 8 " Is 61.1 * Ver PC em Rm 16.20. 19 Ccv. remissão 2 2 o SI 45.2; M t 13.54; Mc 6.2; Lc 2.47; Jo 6.42 2 3 p Mt 4.13; ! 11.23; 13.54; ! Mc 6.1 2 4 4 Mt 13.57; Mc 6.4, Jo 4.44 2 5 r iRs 17.9; 18.1; Tg 5.17 * Ver PC em Jo 4.24. 2 7 s 2Rs 5.14 * Ver PC em M t 2.5. 3 0 r Jo 8.59; 10.39 31 « M t 4.13; Mc 1.21 3 2 v M t 7.28-29; Tg 2.15 3 4 * Lc 1.35; 4.41; S116.10; Dn 9.24* Ver PC em Lc 9.56. 3 8 1 Mc 1.29 *V er PC em 2Co 5.14. 3 9 * Ver PC em Mc 1.20. 4 0 « Mc 1.32 * Ver PC em M t 12.22. 41 * Mc 1.34; 3.11 c Mc 1.25,34; Lc 4.34-35 PALAVRA-CHAVE_________________ 4.28 ira, thumos; Strong 2372: Comparar com "tom i­ lho". Raiva inflamatória, raiva explosiva, agitação turbulenta, agitação fervorosa, ímpetos impulsivos de raiva. Outra pala­ vra, orge, apresenta a raiva como um hábito fixo. 30 Ele, porém, passando 'pelo meio deles, retirou-se. A cu ra d e um en d em o n in h a d o em C afarnaum (Mc 1.21-28) 31E desceu “a Cafarnaum, cidade da Galiléia, e os ensinava nos sábados. 32 E admiravam-se da sua doutrina, porque a 'sua palavra era com autoridade. 33 E estava na sinagoga um homem que tinha um espírito de um demônio imundo, e este exclamou em alta voz, 34 dizendo: Ah! Que temos nós contigo, Jesus Na­ zareno? Vieste a ‘ destruir-nos? ‘ Bem sei quem és: o Santo de Deus. 35 E Jesus o repreendeu, dizendo: Cala-te e sai dele. E o demônio, lançando-o por terra no meio do povo, saiu dele, sem lhe fazer mal. 36 E veio espanto sobre todos, e falavam uns e ou­ tros, dizendo: Que palavra é esta, que até aos espíritos imundos manda com autoridade e poder, e eles saem? A cu ra da sogra d e P ed ro (Mt 8.14-17; Mc 1.29-31) 37 E a sua fama divulgava-se por todos os lugares, em redor daquela comarca. 38 Ora, zlevantando-se Jesus da sinagoga, entrou em casa de Simão; e a sogra de Simão estava ‘ enfer­ ma com muita febre; e rogaram-lhe por ela. 39 E, inclinando-se para ela, repreendeu a febre, e esta a ‘ deixou. E ela, levantando-se logo, servia-os. 40 E, ao pôr-do-sol, "todos os que tinham enfermos de várias doenças lhos traziam; e, impondo as mãos sobre cada um deles, os ‘ curava. 41E também de muitos saíam demônios, claman­ do be dizendo: cTu és o Cristo, o Filho de Deus. E ele, repreendendo-os, não os deixava falar, pois sabiam que ele era o Cristo. 4.14 0 ministério galileu começou cerca de um ano após o batismo e tentação de Jesus, e a maior parte do tempo foi passada em um minis­ tério judaico (ver Jo 2.1— 4.43). Lucas enfatiza a virtude do Espírito no ministério de Jesus, o que resultou em sua fama subseqüente. cético, mas para o crente, e ele se recusa terminantemente a produzir sinais compelidores do seu messianismo. 4.24 Aqueles que têm mais familiaridade com as grandes pessoas, al­ gumas vezes, são os últimos a apreciar sua grandeza. 4.16 A sinagoga originou-se durante o exílio, quando os judeus foram separados dos serviços do templo de Jerusalém. Era uma instituição tanto religiosa quanto educacional. Um membro ou visitante que era considerado digno tinha de ler as Escrituras com freqüência e fazer co­ mentários pertinentes. 4.25 Elias: A introdução de Elias e Eliseu (v. 27), não somente explica por que Jesus, o Profeta, foi rejeitado, mas também enfatiza a transfe­ rência do reino do rebelde Israel para os gentios. As duas regiões, Sarepta (Sidom — 1Rs 17.9) e Síria (2Rs 5.1-14) são notadamente gentias. 4.29 Expulsaram da cidade enfatiza sua excomunhão pelo povo de sua cidade natal, más a expressão também parece antecipar o destino de Jesus fora da cidade de Jerusalém. Ele, que abre o Reino aos gen­ tios (vs. 24-28), é rejeitado como gentio e expulso. 4.32 Diferentemente de outros mestres, que monotonamente citavam os antigos rabinos, Jesus ensinava com autoridade — uma consciên­ cia de seu chamado, sustentado pelo aparato e aprovação divinos. 4.33-35 Ver as notas em Mc 1.23-25. 4.17-21 A profecia de Is 61.1-2 descreve a libertação de Israel do exílio na Babilônia em relação ao Ano do Jubileu, mas seu cumprimento defi­ nitivo esperava a chegada da era messiânica. Jesus reivindica ousada­ mente ser o Messias prometido, e seu ministério definido torna-se aqui a essência vindoura das boas-novas do evangelho do Reino de Deus. Mais tarde, Lucas deixa claro que ele passou o mesmo ministério para os discípulos (9.1-2) e, por fim, para toda a Igreja (At 1.1-2). 4.21-22 A resposta de maravilha nas palavras de Jesus é qualificada pelo ceticismo desde que seus ouvintes conhecem sua origem terrena. 4.40 0s judeus calculavam que um dia era o período de um pôr-do-sol 4.23 Jesus prevê os pedidos do povo de que ele faça em Nazaré os mi­ até o seguinte. lagres que fez em Cafarnaum. Entretanto, seus sinais não são para o 4.41 Jesus não busca testemunho dos demônios (ver A t 16.17-18). 1031 42 E, sendo já dia, dsaiu e foi para um lugar deserto; e a multidão o procurava e chegou junto dele; e o de­ tinham, para que não se ausentasse deles. 43 Ele, porém, lhes disse: Também é necessário que eu anuncie a outras cidades o evangelho do Rei­ no de Deus, porque para isso fui enviado. 44 E pregava enas sinagogas da Galiléia. A p esca m aravilhosa. O s p rim eiro s d iscíp ulo s (Mt 4.18-22; Mc 1.16-20) C a p ítu lo 5 I a M t4.18; Mc 1.16 4 a Jo 21.6 7 * Ver PC em Hb 3.14. 8 c 2Sm 6.9: 1Rs 17.18 1 0 d M t4.19: Mc 1.17 I I e M t 4.20; 19.27; Mc 1.18; Lc 18.28 1.40 os 11 24 f9Mc Mt 8.4; Lv 14.4,10,21 E aconteceu aque, apertando-o a multidão para ouvir a palavra de Deus, estava ele junto ao lago de Genesaré. 2 E viu estar dois barcos junto à praia do lago; e pescadores, havendo descido deles, estavam lavando as redes. 3 E, entrando num dos barcos, que era o de Simão, pediu-lhe que o afastasse um pouco da terra; e, assen­ tando-se, ensinava do barco a multidão. 4 E, quando acabou de falar, disse a Sim ão:6faze-te ao mar alto, e lançai as vossas redes para pescar. 5 E, respondendo Simão, disse-lhe: Mestre, haven­ do trabalhado toda a noite, nada apanhamos; mas, porque mandas, lançarei a rede. 6 E, fazendo assim, colheram uma grande quanti­ dade de peixes, e rompia-se-lhes a rede. 7 E fizeram sinal aos *companheiros que estavam no outro barco, para que os fossem ajudar. E foram e encheram ambos os barcos, de maneira tal que quase iam a pique. 8 E, vendo isso Simão Pedro, prostrou-se aos pés de Jesus, dizendo: Senhor, causenta-te de mim, por que sou um homem pecador. 9 Pois que o espanto se apoderara dele e de todos os que com ele estavam, por causa da pesca que haviam feito, 10 e, de igual modo, também de Tiago e João, filhos de Zebedeu, que eram companheiros de Simão. E dis­ se Jesus a Simão: Não temas; "de agora em diante, se­ rás pescador de homens. 11E, levando os barcos para terra, edeixaram tudo e o seguiram. 5 LUCAS 4 , 5 4 2 a Mc 1.35 i 4 4 e M c 1.39 ! | j | j j : I j tu.a purificação, o que Moisés determinou, para que lhes sirva de testemunho. 15 Porém a sua fama se propagava ainda mais, Ae ajuntava-se muita gente para o ouvir e para ser por ele curada das suas enfermidades. 16 Porém ele retirava-se 'para os desertos e ali orava. A cu ra d e um paralítico (Mt 9.1-8; Mc 2.1-12) (Mt 8.1-4; Mc 1.40-45) 1 5 a M t 4.25; Mc 3.7; Jo 6.2 ! 1 6 'M t 14.23; í Mc 6.46 1 8 y M c 2.3 2 1 1 M t 9.3; ! Mc 2.6 m SI 32.5; I Is 43.25 | 2 2 * Ver PC em Lc 2.35. I 4.42-44 Jesus recusou-se a tirar proveito da popularidade que adquiriu por causa de seus milagres. Sua agenda não é imposta pela exigência da multidão para que fique. 5.1 0 Lago de Genesaré é outro nome do mar da Galiléia. Como mede cerca de 12 x 20 km, tecnicamente não é um mar, e Lucas nunca se re­ fere ao mesmo como tal. 5.5 A melhor hora para pescar era à noite. FÉ COMO SEMENTE 5.1-11 Deus multiplica a sua semente para muito mais do que a sua maior necessidade. Jesus ensinou uma grande lição sobre semear a semente e a importância de semear em solo bom (ver Mc 4.1-20). Então, para ilustrar o caso, ele dis­ se a este grupo de pescadores desanimados e cansados que lançassem com sua fé para conseguirem um milagre. Aqueles homens tinham exatamente acabado de plantar seu barco como uma semente no ministério de Jesus. Eles tinham lhe dado sua maior possessão como uma plataforma de onde o evangelho seria pregado. Eles tinham atendido à maior necessidade de Jesus no momento, e aqui Jesus multiplicou essa dádiva como meio de atender à maior ne­ cessidade que eles tinham naquele momento da vida deles. Como pescadores comerciais, eles precisavam pescar para sobreviver. Eles também tinham a necessidade de ver Deus operando na vida deles para ver tanto que Jesus era quem dizia ser quanto que sua fé estava operando efetivamente. Jesus atendeu a essas duas necessidades! Quando você dá alguma coisa a Deus, ele lha devolverá de uma maneira bem melhor — além disso, ele estará pre­ sente nela com toda sua graça e poder! (Mc 4.1-20/2CO 9.8-10) O.R. A cu ra d e um lepro so 12 E aconteceu que, quando estava em uma daque­ las cidades, eis que 'um homem cheio de lepra, ven­ do a Jesus, prostrou-se sobre o rosto e rogou-lhe, dizendo: Senhor, se quiseres, bem podes limpar-me. 13 E ele, estendendo a mão, tocou-lhe, dizendo: Quero; sê limpo. E logo a lepra desapareceu dele. 14 E ordenou-lhe que a ninguém go dissesse. Mas disse-lhe: Vai, mostra-te ao sacerdote e oferece, pela D IN Â M IC A DO REINO_____________ 17 E aconteceu que, em um daqueles dias, estava ensinando, e estavam ali assentados fariseus e douto­ res da lei que tinham vindo de todas as aldeias da Ga­ liléia, e da Judéia, e de Jerusalém. E a virtude do Senhor estava com ele para curar. 18 E eis que 1uns homens transportaram numa cama um homem que estava paralítico e procuravam fazê-lo entrar e pô-lo diante dele. 19 E, não achando por onde o pudessem levar, por causa da multidão, subiram ao telhado e, por entre as telhas, o baixaram com a cama até ao meio, diante de Jesus. 20 E, vendo-lhes a fé, Jesus disse ao paralítico: Ho­ mem, os teus pecados te são perdoados. 21 E 'os escribas e os fariseus começaram a arrazoar, dizendo: Quem é este que diz blasfêmias? Quem pode perdoar pecados, msenão Deus? 22 Jesus, porém, conhecendo os seus *pensamentos, respondeu e disse-lhes: Que arrazoais em vosso coração? superada por um milagre; a segunda dúvida é superada por uma pro­ messa (v. 10). 5.10 A palavra grega para pescador significa "capturar algo vivo”, e seu tempo sugere uma ação contínua. De agora em diante, Pedro e os outros devem continuamente capturar pessoas. 5.12-15 Ver as notas em M c 1.40-45. 5.16 0 tempo verbal grego indica que Jesus habitualmente retira-se 5.8 As dúvidas de Pedro a respeito das habilidades de pesca de Jesus para orar. transformam-se em dúvidas sobre ele próprio. A primeira dúvida é 5.17 A virtude do Senhor equivale ao "Espírito do Senhor" (4.18). LUCA S 5, 6 _________ _____________ PALAVRA-CHAVE_________________ 5.22 conhecendo, epiginosko; Strong 1921: Gnosis é o substantivo, "conhecimento", eginosko é o verbo, "co­ nhecer". Epiginosko é conhecer totalmente; conhecer com um grau de profundidade e competências; estar completa­ mente famiiíarizado com uma maneira de discernir e reco­ nhecer. ____1032 I 2 4 * Ver PC em | 32 Eu não vim chamar pos justos, mas sim os peca­ M c 3.15. dores, ao arrependimento. 2 7 n Mc 2.13 2 9 o Mt9.10; Mc 2.15; Lc 15.1 I A cerca do jeju m * Ver PC em j (Mt 9.14-17; Mc 2.18-22) Jo 14.16. 33 Disseram-lhe, então, eles: Por que jejuam muitas 31 * Ver PC vezes os discípulos de João qe fazem orações, como em 3Jo 2. também os dos fariseus, mas os teus comem e bebem? 34 E ele lhes disse: Podeis vós fazer jejuar os convi­ dados das bodas, enquanto o esposo está com eles? 35 Dias virão, porém, em que o esposo lhes será ti­ rado, e, então, naqueles dias, jejuarão. 36 E disse-lhes também uma parábola: 'NinguémíB tira um pedaço de uma veste nova para o coser em veste velha, pois que romperá a nova, e o remendo não ‘ condiz com a veste velha. 37 E ninguém põe vinho novo em odres velhos; de outra sorte, o vinho novo romperá os odres e entornar-se-á o vinho, e os odres se estragarão. 38 Mas o vinho novo deve ser posto em odres no­ vos, e ambos juntamente se conservarão. 39 E ninguém, tendo bebido o velho, quer logo o novo, porque diz: ‘ Melhor é o velho. 23 Qual é mais fácil? Dizer: Os teus pecados te são perdoados, ou dizer; Levanta-te e anda? 24 Ora, para que saibais que o Filho do Homem tem sobre a terra *poder de perdoar pecados (disse ao paralítico), eu te digo: Levanta-te, toma a tua cama e vai para tua casa. 25 E, levantando-se logo diante deles e tomando a cama em que estava deitado, foi para sua casa glorifi­ cando a Deus. 2G E todos ficaram maravilhados, e glorificaram a Deus, e ficaram cheios de temor, dizendo: Hoje, vi­ mos prodígios. A vocação d e Levi (Mt 9.9-13;Mc 2.14-17) 27 E, depois "disso, saiu, e viu um publicano, chamado Levi, assentado na recebedoria, e disselhe: Segue-me. 28 E ele, deixando tudo, levantou-se e o seguiu. 29 E fez-lhe Levi “um grande banquete em sua casa; e havia ali uma multidão de publicanos e *outros que estavam com eles à mesa. 30 E os escribas deles e os fariseus murmuravam contra os seus discípulos, dizendo: Por que comeis e bebeis com publicanos e pecadores? 31 E Jesus, respondendo, disse-lhes: Não necessi­ tam de médico os que estão *sãos, mas sim os que es­ tão enfermos. Je s u s é S en h o r do sábado (Mt 12.1-8; Mc 2.23-28) Ó E “aconteceu que, num sábado, passou pelas sea­ ras, e os seus discípulos iam arrancando espigas e, esfregando-as com as mãos, as comiam. 2 E alguns dos fariseus lhes disseram: Por que fazeis '’o que não é lícito fazer nos sábados? 3 E Jesus, respondendo-lhes, disse: Nunca lestes o que fez “Davi quando teve fome, ele e os que com ele estavam? 4 Como entrou na Casa de Deus, e tomou os pães da ‘ proposição, e os comeu, e deu também aos que estavam com ele, dos quais não lhes era lícito comer, senão só aos sacerdotes? 5 E dizia-lhes: O Filho do Homem é senhor até do sábado. D IN Â M IC A DO REINO_____________ CURA DIVINA 5.16-26 0 que é mais fácil: perdoar ou curar. Enquanto nem toda aflição é o resultado de um pecado específico, neste. caso o pecado foi a causa, pois o homem foi curado quando Jesus disse: "Os teus pecados te são perdoados." Segundo as palavras de Jesus, está claro que Jesus também poderia ter dito: "Levanta-te e anda" ou "Os teus pecados te são perdoa­ dos". Em muitos casos, a oração para a cura deve começar com a confissão dos pecados e o arrependimento (Tg 5.16; IJ o 1.8-9). A ligação que Jesus faz do pecado com o perdão também é evidência de que a integridade humana em cada momento de necessidade é preocupação dele. Obviamente, o perdão dos pecados é nossa maior necessidade, mas Jesus não as­ segura essa necessidade de perdão divino sem afirmar sua preocupação compartilhada com o sofrimento humano. Em comentário posterior este episódio ensina como a cura frequentemente acontece quando um grupo unido ora junto em um acordo (v. 16; também M t 18.19). A cura do paralítico aconteceu por meio de dois homens que se preo­ cupavam, pois a sua fé superou todos os obstáculos. (Mc 9.22-23/Lc 8.36) N.V. 5.18-26 Ver as notas em Mc 2.1-12. 5.27-32 Ver as notas em Mc 2,14-17. 5.33-38 Ver as notas em M t 9.14-17; Mc 2.18-22. A cu ra d e um h o m em q u e tinha um a das m ãos m irrada 3 2 p M t 9.13: U m 1.15 3 3 Q Mc 2.18 3 6 r Mt9.16-17; Mc 2.21 * Ver PC emMt18.19. 3 9 * Ver PC em M t 11.30. C a p ítu lo 6 1 a Mc 2.23 2 * Êx 20.10 3 s apóstolos, contaram-lhe tudo o que tinham feito. E, tomando-os consigo, retirou-se para um lugar deserto de uma cidade chamada Betsaida. 11 E, sabendo-o a multidão, o seguiu; e ele os rece­ beu, e falava-lhes do Reino de Deus, e sarava os que necessitavam de cura. 12 E /á o dia começava a declinar; 'então, chegan­ do-se a ele os doze, disseram-lhe: Despede a multi­ dão, para que, indo aos campos e aldeias ao redor, se agasalhem e achem o que comer, porque aqui esta­ mos em lugar deserto. 13 Mas ele lhes disse: Dai-lhes vós de comer. E eles disseram: Não temos senão cinco pães e dois peixes, salvo se nós próprios formos comprar comida para todo este povo. 14 Porquanto estavam ali quase cinco mil homens. Disse, então, aos seus *discípulos: Fazei-os assentar, em grupos de cinqüenta em cinqüenta. 15 E assim o fizeram, fazendo-os assentar a todos. 1G E, tomando os cinco pães e os dois peixes e olhan­ do para o céu, abençoou-os, e partiu-os, e deu-os aos seus discípulos para os porem diante da multidão. 17 E comeram todos e saciaram-se; e levantaram, do que lhes sobejou, doze cestos de pedaços. LUCAS 9 28 E aconteceu que, “quase oito dias depois dessas palavras, tomou consigo a Pedro, a João e a Tiago e su­ biu ao monte a orar. 29 E, estando ele orando, transfigurou-se a aparên­ cia do seu rosto, e as suas vestes ficaram brancas e mui resplandecentes. 30 E eis que estavam falando com ele dois varões, que eram Moisés e Elias, 31 os quais apareceram com glória e falavam da sua morte, a qual havia de cumprir-se em Jerusalém. 32 E Pedro e os que estavam com ele estavam "car­ regados de sono; e, quando despertaram, viram a sua glória e aqueles dois varões que estavam com ele. 33 E aconteceu que, quando aqueles se apartaram dele, disse Pedro a Jesus: Mestre, bom é que nós esteja­ mos aqui e façamos três tendas, uma para ti, uma para Moisés e uma para Elias, não sabendo o que dizia. 34 E, dizendo ele isso, veio uma nuvem que os co­ briu com a sua sombra; e, entrando eles na nuvem, temeram. 9.22 Ver as notas em M t 16.21-23. 9.23- 25 Ver a seção 7 de Verdade em Ação nos Sinóticos, no final de Lucas. 9.23- 26 Ver as notas em M t 16.24-27. Lucas adiciona as palavras cada dia à exigência do Senhor de tomar a cruz, indicando uma renún­ cia progressiva e contínua do egocentrismo natural de alguém (v. 23). 9.27-36 Ver as notas em M t 16.28— 17.9. Lucas relata que o assunto da conversa com Moisés e Elias foi a morte de Jesus (v. 31). A expe­ riência confirmou Jesus em sua decisão de ir a Jerusalém para sofrer. 0 cumprimento do plano de Deus surge mediante a cruz. Como a pala- 1040 LUCAS 9 35 E saiu da nuvem uma voz que dizia: 7Este é o 1 3 5 r Mt 3.17 I 3 At 3.22 meu Filho amado; aa ele ouvi. 3 6 a M t 17.9 36 E, tendo soado aquela voz, Jesus foi achado só; 3 8 o Mc 9.14,17 3 9 * Ver PC em *e eles calaram-se e, por aqueles dias, não contaram a Rm 16.20. ninguém nada do que tinham visto. A cura. d e uni jo v em lunático 41 * Ver PC em 2Ts 1.4. O m aio r no R ein o do s céu s (Mt 17.14-21; Mc 9.14-32) 37 E aconteceu, no dia seguinte, que, descendo eles do monte, lhes saiu ao encontro uma grande multidão. 38 E eis que um homem da multidão clamou, di­ zendo, "Mestre, peço-te que olhes para meu filho, porque é o único que eu tenho. 39 Eis que um espírito o toma, e de repente clama, e o despedaça até espumar; e só o larga depois de o ter ^quebrantado. 40 E roguei aos teus discípulos que o expulsassem, e não puderam. 41 E Jesus, respondendo, disse: Ó geração incrédu­ la e perversa! Até quando estarei ainda convosco e vos *sofrerei? Traze-me cá o teu filho. 42 E, quando vinha chegando, o demônio o derribou e convulsionou; porém Jesus repreendeu o espírito imundo, e curou o menino, e o entregou a seu pai. 43 E todos pasmavam da m ajestade de Deus. E, maravilhando-se todos de todas as coisas que Je ­ sus fazia, disse aos seus discípulos; PALAVRA-CHAVE_________________ 9.43 majestade, megaleiotes; Strong 3168: Compa­ rar com "megalomania". Sublimidade, grandeza, glória, mag­ nificência, esplendor, soberba, magnitude. Em At 19.27, o ourives Demétrio expressou um temor de que a pregação de Paulo destruiria a majestade da deusa Diana. Aqui e em 2Pe 1.16, a palavra magnifica o Senhor e sua grandiosidade sobrepujante. 44 Ponde vós destas palavras em vossos ouvidos, por­ que o Filho do Homem será entregue nas mãos dos ho­ mens. 45 Mas eeles não entendiam essa palavra, que lhes era encoberta, para que a não compreendessem; e te­ miam interrogá-lo acerca dessa palavra. (Mt 18.1-5; Mc 9.33-37) 46 E suscitou-se entre eles uma *discussão 'sobre O qual deles seria o maior. 47 Mas Jesus, vendo o pensamento do coração de­ les, tomou uma criança, pô-la junto a si 48 e disse-lhes: ^Qualquer que receber esta criança em meu nome recebe-me a mim; e qualquer que me recebe a mim recebe o que me enviou; '’porque aque­ le que entre vós todos for o menor, esse mesmo é grande. Q uem não é contra n ó s é p o r nó s (Mc 9.38-41) 4 4 4 Mt 17.22 4 5 e Mc 9.32; Lc 2.50; 18.34 4 6 f Mc 9.34 * Ver PC em Lc 2.35. 4 8 S M t 10.40; 18.5; Mc 9.37; Jo 12.44; 13.20 4 M t 23.11-12 4 9 / Nm 11.28 5 0 ; M t 12.30: Lc 11.23 5 1 1 Mc 16.19; At 1.2 5 3 m Jo 4.4,9 vra para "morte" é literalmente "êxodo", sugerindo a partida de Jesus do mundo, a conversa, provavelmente, tenha incluído uma discussão 49 E, respondendo João, 'disse: Mestre, vimos um que em teu nome expulsava os demônios, e lho proi­ bimos, porque não te segue conosco. 50 E Jesus lhes disse: Não o proibais,'porque quem não é contra nós é por nós. O s sam aritanos não receb em a Je s u s 51 E aconteceu que, completando-se os dias para a sua'assunção, manifestou o firme propósito de ir ajerusalém. 52 E mandou mensageiros diante da sua face; e, indo eles, entraram numa aldeia de samaritanos, para lhe prepararem pousada. 53 Mas não o receberam, mporque o seu aspecto era com o de quem ia a Jerusalém. sobre a ressurreição e a ascensão, bem como sobre a crucificação. 0 aparecimento de Moisés e Elias com Jesus significa que a Lei e os Pro­ fetas apoiam Jesus em sua missão messiânica. 9.37-42 Ver as notas em Mc 9.14-29. 9.43-45 0 sofrimento e o messianismo pareciam tão incompatíveis, que os discípulos não podiam estabelecer conexão entre ambos. 9.46Lucas. 48 Ver a seção 8 de Verdade em Ação nos Sinóticos, no final de 9.46- 48 Ver as notas em M t 18.1-5; Mc 9.33-37. 9.49-50 Ver as notas em Mc 9.38-40. 9.51 Assunção: 0 termo refere-se à sequência inteira de aconteci­ mentos: sofrimento, morte, ressurreição e finalmente ascensão. Este versículo começa uma nova seção do Evangelho de Lucas, a jornada resoluta de Jesus a Jerusalém. 9.52 0s judeus e os samaritanos tinham sido inimigos durante sécu­ los. Peregrinos em direção a Jerusalém normalmente evitavam Samaria. 9.53 Eles não foram hospitaleiros, não apenas por Jesus ser judeu, mas também por ele não reconhecer o templo samaritano do monte Qerizim. Peregrinações judaicas da Galiléa para Jerusalém . A rota popular passava diretamente através da Samaria. Entretanto, alguns ju­ deus devotos pegaram uma rota alternativa através de Jerico, evitando passar por Samaria. 1041 54 E os discípulos Tiago e João, vendo isso, disseram: 5 4 " 2Rs 1.10,12 5 6 " Jo 3.17; Senhor, queres que digamos que desça fogo do céu e os 12.47 "consuma, como Elias também fez? 61 P IRs 19.20 55 Voltando-se, porém, repreendeu-os e disse: Vós C a p ítu la 1 0 não sabeis de que espírito sois. 1 3 M t 10.1; 56 Porque "o Filho do Homem não veio para des­ Mc 6 .7 * Ver PC truir as almas dos homens, mas para salvá-ías. E fo­ em Jo 20.21. 2 b M t 9.37-38; ram para outra aldeia. Jo 4.35; 2Ts 3.1 A cerca do s q u e seg u em a Je s u s ( M t 8 .1 8 -2 2 ) 57 E aconteceu que, indo eles pelo caminho, lhe disse um: Senhor, seguir-te-ei para onde quer que fo­ res. 58 E disse-lhe Jesus: As raposas têm covis, e as aves do céu, ninhos, mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça. 59 E disse a outro: Segue-me. Mas ele respondeu: Senhor, deixa que primeiro eu vá enterrar meu pai. 60 Mas Jesus lhe observou: Deixa aos mortos o en­ terrar os seus mortos; porém tu, vai e anuncia o Rei­ no de Deus. 61 Disse também outro: "Senhor, eu te seguirei, mas deixa-me despedir primeiro dos que estão em minha casa. 62 E Jesus lhe disse: Ninguém que lança mão do arado e olha para trás é apto para o Reino de Deus. D A m issão do s seten ta discíp ulo s E, depois disso, designou o Senhor ainda ou­ tros setenta e *mandou-os "adiante da sua 6 9ou ela face, de dois em dois, a todas as cidades e lugares 7 'M t 10.11 aonde ele havia de ir. 9 1Co 10.27 2 E dizia-lhes: ^Grande é, em verdade, a seara, mas * M t 10.10; os obreiros são poucos; rogai, pois, ao Senhor da seara 1Co 9.4; U m 5.18 9 ' Lc 9.2/ M t 3.2; que envie obreiros para a sua seara. ✓ * totalmente, desintegrar. 0 NT, frequentemente, usa a palavra para descrever miséria espiritual. A destruição para o peca­ dor não resulta em aniquilação ou extinção. Não é a perda da existência, mas do bem-estar. 3 Ide; ceis que vos mando como cordeiros ao meio de lobos. 4 E não leveis bolsa, rfnem alforje, nem sandálias; e a ninguém saudeis pelo caminho. 5 E, em qualquer "casa onde entrardes, dizei pri­ meiro: Paz seja nesta casa. 6 E, se ali houver algum filho de paz, repousará so­ bre sele a vossa paz; e, se não, voltará para vós. 7 E ficai na mesma casa, 'comendo e bebendo do que eles tiverem, 9pois digno é o obreiro de seu salá­ rio. '’Não andeis de casa em casa. 8 E, em qualquer cidade em que entrardes e vos re­ ceberem, comei do que vos puserem diante. 9 E curai 'os enfermos que nela houver e dizei-lhes: 'É chegado a vós o Reino de Deus. 10 Mas, em qualquer cidade em que entrardes e vos não receberem, saindo por suas ruas, dizei: 11 Até o pó 'que da vossa cidade se nos pegou sacu­ dimos sobre vós. Sabei, contudo, isto: já o Reino de Deus é chegado a vós. 12 E digo-vos mque mais tolerância haverá naquele dia para Sodoma do que para aquela cidade. 13 Ai de ti, Corazim, "ai de ti, Betsaida! "Porque, se em Tiro e em Sidom se fizessem as maravilhas que em vós foram feitas, já há muito, assentadas tv 3 " M t 10.16 4 At 11.3; 3 E ele lhes propôs esta parábola, dizendo: rões que foram convidados ‘ provará a minha ceia. GI2.12 1 5 fA p 1 9 .9 17 S Pv 19.2,5 21 "Ver PC emAp 12.17, 2 4 »M t 21.43; 22.8; At 13.46 •VerPCem Jo 8.52. 14.12-14 A preocupação do Senhor é mais do que a lista de convida­ dos em uma ocasião social; ele ensina o princípio e motivos altruístas ao se realizarem atos de generosidade. 14.13 0s mancos e os cegos eram excluídos do templo. 14.14 0 convite de Deus inclui os humildes e os pobres — aqueles que não têm condições de reembolsar. A recompensa que não será devol­ vida no tempo presente será dada na ressurreição dos justos, isto é, na consumação. No tempo presente, Deus recompensará aqueles que foram misericordiosos nesse tempo. 14.15 0 que comer pão: A menção da "ressurreição" (v. 14) sugere o futuro, A pessoa que pronuncia a bênção está pensando no futuro ban­ quete messiânico, na época da consumação. Mas, na parábola, Jesus anuncia que o banquete messiânico não é simplesmente futuro, mas também presente. Jesus opõe-se à falsa suposição. 0 banquete mes­ siânico já está acontecendo, o que pode ser visto, por exemplo, na extensão do evangelho a todos os pobres, doentes e socialmente des­ pojados. Ver as notas em M t 22.1-14. 14.16-17 Um anfitrião faria um convite coirçantecedência e depois, avisaria quando a refeição estivesse pronta. É evidente que os convi­ dados desta parábola tinham aceitado o convite antecipado. 14.18-24 Israel tinha aceitado o convite de Deus para o reino feito pe­ los profetas. A chegada de Jesus sinaliza a chegada do Reino, mas, em sua rejeição dele, a nação está rejeitando a oferta da graça de Deus. Entretanto, o objetivo de Deus não será impedido, e então ele enviará seu gracioso convite aos gentios. 14.25 A multidão foi atraída pelos milagres de Jesus e esperava que ele estabelecesse um reino terreno. Interessado em qualidade mais do que quantidade, ele definiu o preço do verdadeiro discipulado. 14.26-27 Ver a seção 7 de Verdade em Ação nos Sinóticos, no final de Lucas. 14.26 Um discípulo deve subordinar todos os relacionamentos terre­ nos à lealdade a Cristo. Aborrecer não significa ter maus desejos, mas escolher Cristo dentre todos os outros. 14.27 Um discípulo deve morrer para o egocentrismo e estar disposto a enfrentar o sofrimento e até mesmo o martírio. 14.28-32 Erguer um edifício grandioso é caro, e fazer guerra é perigo­ so; isso ilustra o custo elevado e o perigo que os discípulos de Jesus deveriam estar dispostos a enfrentar. 14.33 0 discipulado significa a total renúncia a todos os interesses egoístas por amor a Jesus. Não pode ser meu discípulo está tratando com assuntos de total compromisso e realização máxima do objetivo de Jesus para nossa vida neste tempo presente. 14.34- 35 Ver a seção 2 de Verdade em Ação nos Sinóticos, no final de Lucas. 14.34- 35 A fim de melhorar a sociedade, os discípulos devem manter um espírito de auto-sacrifício (ver M t 5.13). 15.1-3 0 criticismo dos fariseus ao relacionamento sincero de Jesus com conhecidos pecadores e com os rejeitados socialmente ocasio­ nou três parábolas, que ilustram o amor de Deus e a preocupação corr os pecadores. Sua atitude é nitidamente oposta à dos autojustificados 0s fariseus correspondem às 99 ovelhas, às 9 dracmas e ao irmãe 1051 4 Que homem dentre cvós, tendo cem ovelhas e per­ dendo uma delas, não deixa no deserto as noventa e nove e não vai após a perdida até que venha a achá-la? 5 E, achando-a, a põe sobre seus ombros, cheio de júbilo; 6 e, chegando à sua casa, convoca os ‘ amigos e vi­ zinhos, dizendo-lhes: Alegrai-vos comigo, porque já achei a minha ovelha dperdida. ? Digo-vos que assim haverá alegria no céu por um pecador que se arrepende, mais edo que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento. 8 Ou qual a mulher que, tendo dez dracmas, se per­ der uma dracma, não acende a candeia, e varre a casa, e busca com diligência até a achar? 9 E, achando-a, convoca as amigas e vizinhas, di­ zendo: Alegrai-vos comigo, porque já achei a dracma perdida. 10 Assim vos digo que há alegria diante dos anjos de Deus por um pecador que se arrepende. 4 c Vit 18.12 6 d 1Pe 2.10,25 * Ver PC em Jo11.11. 7 e Lc 5.32 1 2 f Mc 12.44 1 4 * Ver PC em Lc 22.35. 1 6 n ou alfarro­ bas * Ver PC em M t 13.17. A parábola do filh o p ró d igo 11 E disse: Um certo homem tinha dois filhos. 12 E o mais moço deles disse ao pai: Pai, dá-me a parte da fazenda que m e pertence. E ele repartiu 'por eles a fazenda. 13 E, poucos dias depois, o filho mais novo, ajun­ tando tudo, partiu para uma terra longínqua e ali des­ perdiçou a sua fazenda, vivendo dissolutamente. 14 E, havendo ele gastado tudo, houve naquela ter­ 1 9 • Ver PC em ; GI1.6. ra uma grande fome, e começou a padecer N ecessi­ 2 0 9 At 2.39: dades. Ef 2.13,17 * Ver PC* 15 E foi e chegou-se a um dos cidadãos daquela ter­ em Fm 15. Ver PC ra, o qual o mandou para os seus campos a apascentar em M t 14.14. 21 h si 51.4 porcos. 2 4 /Lc 15.32: j 1S E *desejava encher o seu estômago com as 1'bo­ Ef 2.1:5.14: lotas que os porcos comiam, e ninguém lhe dava Ap 3.1 nada. 2 7 * Ver PC | 17 E, caindo em si, disse: Quantos trabalhadores em 3Jo 2. de meu pai têm abundância de pão, e eu aqui pereço 2 8 * Ver PC em Ap 12.17. de fome! 3 2 ; Lc 15.24 LUCAS 15 18 Levantar-me-ei, e irei ter com meu pai, e dir-lheei: Pai, pequei contra o céu e perante ti. 19 Já não sou digno de ser *chamado teu filho; faze-me como um dos teus trabalhadores. 20 E, levantando-se, foi para seu pai; e, *quando Painda estava longe, viu-o seu pai, e se moveu de ínti­ ma ‘ compaixão, e, correndo, lançou-se-lhe ao pes­ coço, e o beijou. 21 E o filho lhe disse: Pai, pequei contra o céu he perante ti e já não sou digno de ser chamado teu fi­ lho. 22 Mas o pai disse aos seus servos: Trazei depressa a melhor roupa, e vesti-lho, e ponde-lhe um anel na mão e sandálias nos pés, 23 e trazei o bezerro cevado, e matai-o; e comamos e alegremo-nos, 24 porque 'este meu filho estava morto e reviveu; tinha-se perdido e foi achado. E começaram a alegrar-se. 25 E o seu filho mais velho estava no campo; e, quando veio e chegou perto de casa, ouviu a música e as danças. 26 E, chamando um dos servos, perguntou-lhe que era aquilo. 27 E éle lhe disse: Veio teu irmão; e teu pai matou o bezerro cevado, porque o recebeu *são e salvo. 28 Mas ele se ‘ indignou e não queria entrar. E, sain­ do o pai, instava com ele. 29 Mas, respondendo ele, disse ao pai: Eis que te sirvo há tantos anos, sem nunca transgredir o teu mandamento, e nunca me deste um cabrito para ale­ grar-me com os meus amigos. 30 Vindo, porém, este teu filho, que desperdiçou a tua fazenda com as meretrizes, mataste-lhe o bezerro cevado. 31 E ele lhe disse: Filho, tu sempre estás comigo, e todas as minhas coisas são tuas. 32 Mas era justo alegrarmo-nos e regozijarmo-nos, 'porque este teu irmão estava morto e reviveu; tinhase perdido e foi achado. mais velho. 0s publicanos e pecadores correspondem à ovelha, à dracma perdidas e ao filho pródigo. 15.17 Notar como o pai está presente na memória do filho na terra lon­ gínqua. 15.4-10 0 ou do v. 8 indica que as duas parábolas ilustram o mesmo caso. Deus está preocupado com uma pessoa perdida e se regozija com sua recuperação. Aqueles que são autojustificados legalisticamente não estão nem cientes de sua necessidade. 15.18-19 0 arrependimento compreende o pesar pelo pecado, a confis­ são de que foi cometida a ofensa contra um Deus sagrado e a mudança de coração que se manifesta em uma mudança de comportamento. 15.5 Ovelhas que estão perdidas, deitadas e desamparadas e não que­ rem se mover. 15.7 A comunhão de Jesus à mesa com pecadores (v. 2) é uma cele­ bração de alegria, análoga àquela que um pastor deve compartilhar com seus amigos e vizinhos quando acha uma ovelha perdida (v. 6). 15.10 Assim: A mesma palavra é usada no v. 7, indicando uma alegria que se deve compartilhar. 15.11-32 0 fato de um pecador penitente agradar a Deus mais do que um fariseu cerimonialmente correto está muito evidente nesta parábola. 15.12 Na morte de um pai, a Lei judaica dividia um terço dos bens para o filho mais novo e dois terços para o mais velho (Dt 21.17). 0 pedido do filho mais novo denunciou sua natureza rebelde por querer ter uma vida independente da vontade do pai. Um pai judeu podia abdicar de sua riqueza antes de sua morte (1Rs 1— 2). 15.15 À sua imoralidade (v. 13), o filho adiciona apostasia. Ele se une com um fazendeiro gentio que cria porcos, que eram vistos pelos ou­ vintes de Jesus como especialmente "impuros". 15.21 Comparar o que o filho realmente diz a seu pai com sua confis­ são preparada (vs. 18-19). Ele não tem nem uma oportunidade de ter­ minar sua confissão antes que seu pai peça uma celebração de alegria. 15.22-24 A recepção do pai mostra que o verdadeiro arrependimento não traz apenas perdão, mas também completa restauração. 15.25-30 A atitude insensível do irmão mais velho retrata a reivindica­ ção de autojustificação dos fariseus, sua doutrina de salvação através das realizações, e sua atitude inclemente em relação aos pecadores ar­ rependidos. Da mesma forma que o irmão mais velho não tinha um verdadeiro relacionamento com o pai, assim os fariseus não tinham um verdadeiro relacionamento com Deus. 15.28 Instava: A busca do pai não se estende apenas ao filho mais novo, mas também ao filho mais velho. 15.30 Este teu filho: A atitude infeliz do irmão mais velho (que carac­ teriza as críticas de Jesus) é retratada por esta chacota pejorativa. Ele não consegue dizer "meu irmão". 15.31-32 Deus estenderá sua misericórdia para quem ele quiser, ape­ sar das objeções daqueles que vêem a salvação de outra maneira. LUCAS 16 1052 C a p ítu lo 1 6 A autoridade da lei A parábola do m ordo m o in flei 1 * Ver PC [E ■ i /L E dizia também aos seus discípulos: Havia um 14 E os fariseus, eque eram avarentos, ouviam to em 1Pe 4.10. das essas coisas e zombavam dele. 1 U certo homem rico, o qual tinha um ‘ mordo­ 8 a Jo 12.36: Eí 5.8; 1Ts 5.5 15 E disse-lhes: Vós sois os que vos 'justificais a vós mo; e este foi acusado perante ele de dissipar os seus * Ver PC mesmos diante dos homens, «mas Deus conhece o bens. em1Pe4.lO. vosso coração, porque ho que entre os homens é ele­ 2E ele, chamando-o, disse-lhe: Que é isso que 9 " Dn 4.27; vado perante Deus é abominação. ouço de ti? Presta contas da tua mordomia, porque já M t 6.19; 17.21; Lc 11.41; não poderás ser mais meu mordomo. 16 A Lei 'e os Profetas duraram até João; desde en-D 3 E o mordomo disse consigo: Que farei, pois que o 1Tm 6.17-19* Ver tão, é anunciado o Reino de Deus, e todo homem em­ PC em Jo 7.18. meu senhor me tira a mordomia? Cavar não posso; 10 " M t 25.21; prega força para entrar nele. 17 E ?é mais fácil passar o céu e a terra do que cair de mendigar tenho vergonha. lc 19.17 1 3 4 Mt 6.24 4 Eu sei o que hei de fazer, para que, quando for de­ um til da Lei. 12ov riqueza sapossado da mordomia, me recebam em suas casas. D IN Â M IC A DO REINO_____________ 5 E, chamando a si cada um dos devedores do seu se­ C0NFUT0 E 0 REINO nhor, disse ao primeiro: Quanto deves ao meu senhor? 16.16 Esforçando-se. Jesus declara o avanço do Reino de 6 E ele respondeu: Cem medidas de azeite. E disseDeus como o resultado de duas coisas: oreoação e esforço. lhe: Toma a tua conta e, assentando-te já, escreve cinEle mostra que o evangelho do Reino deve ser proclamado qüenta. com paixão espiritual. Em cada geração, os crentes têm de 7 Disse depois a outro: E tu quanto deves? E ele determinar se responderão a essa verdade com mentes cons­ respondeu: Cem alqueires de trigo. E disse-lhe: Toma cientes e corações sensíveis. Fazer vista grossa trará uma a tua conta e escreve oitenta. passividade que limita o ministério do Reino de Deus aumen­ 8 E louvou aquele senhor o injusto ‘ mordomo por tar a extensão da verdade e amor— isto é, ensinar ou educar haver procedido prudentemente, porque os filhos e envolver-se em atos de bondade. Devemos fazer essas coi­ sas sem questionar. Entretanto, à parte de 1) uma busca de deste mundo são mais prudentes na sua geração ado oração apaixonada, 2) confronto com o demoníaco, 3) expec­ que os filhos da luz. tativa do milagroso, e 4) um coração ardente pela evangeliza­ 9 E eu vos digo: "granjeai amigos com as riquezas da ção, o Reino de Deus penetra pouco no mundo. ‘ injustiça, para que, quando estas vos faltarem, vos re­ Ao mesmo tempo, um exagero na "força" é provável pro­ cebam eles nos tabernáculos eternos. duzir fanáticos furiosos que justificam qualquer comporta­ 10 Quem cê fiel no mínimo também é fiel no mui­ mento em nome de Jesus como a aplicação do arrojo se fala to; quem é injusto no mínimo também é injusto no aqui. Tais imitações na história da Igreja, nas Cruzadas e vá­ muito. rios esforços em politizar uma busca para produzir justiça na 11 Pois, se nas riquezas injustas não fostes fiéis, sociedade através das regras terrenas são extremos que de­ quem vos confiará as verdadeiras? vemos aprendera rejeitar. 0 emprego da "força" é consegui­ do, em primeiro lugar, na batalha da oração, combinada com 12 E, se no alheio não fostes fiéis, quem vos dará o uma vontade de render-se à vida e interesses próprios de que é vosso? uma pessoa, a fim de alcançar os objetivos do Reino de B 13 Nenhum "servo pode servir a dois senhores, por­ Deus. (Cl 2.13-15/At 14.21-22) J.W.H. que ou há de aborrecer a um e amar ao outro ou se há de chegar a um e desprezar ao outro. Não podeis servir D IN Â M IC A DO REINO__________________ a Deus e a ,2Mamom. A PALAVRA DE DEUS 1 4 e Mt 23.14 16.17 Jesus e as Escrituras Sagradas. Como Rei ressusci­ 15 f Lc 10.29 tado, o Messias de Deus e o nosso Salvador, nosso Senhor Je­ , / PALAVRA-CHAVE S SI 7.10 * 16.4 desapossado, methistemi; Strong 3179: Literalsus Cristo nos fez algumas das mais importantes declarações A 1Sm 16.7 mente, "deixar de lado". A palavra indica uma mudança de relacionadas com a autoridade e natureza da Palavra de Deus. 1 6 ' M t 4.17; 11.12-13 um lugar para outro, uma remoção, uma transferência, uma 1) Jesus confirma a verdade de que cada palavra das Escritu­ 1 7 / S1102.26relocação. A ação envolvida pode ser positiva (Cl 1.13) ou ras é dada por Deus. Ele vai além, a ponto de fazer referências 27; Is 40.8; 51.6; negativa (1c 16.4). diretas à menor letra ("jota", lit. yod, o correlativo hebraico cfe D E M t 5.18; 1Pe 1.25 16.1- 13 Ver a seção 10 de Verdade em Ação nos Sinóticos, no final de Lucas. 16.1- 3 A parábola do mordomo infiel ilustra a mordomia da riqueza. Je­ sus não aprova a fraude do mordomo (v. 10), mas elogia sua prudência ao usar as oportunidades presentes para seu bem-estar futuro (v. 8). Para o cristão, o uso prudente das possessões é para o benefício dos outros. 16.9 Jesus não sugere que uma pessoa pode comprar sua entrada no céu. Ele mostra que a mordomia de uma pessoa é um teste válido para seu relacionamento com Deus. 16.10-12 Deus testa nossa aptidão para receber as verdadeiras rique­ zas do céu mediante o uso que fazemos das possessões materiais. 16.13 Ver a seção 2 de Verdade em Ação nos Sinóticos, no final de Lu­ cas. 16.13 A atitude de uma pessoa em relação ao dinheiro indica a sub­ missão ou rebelião contra a autoridade de Deus. 16.14-15 Ver a seção 9 de Verdade em Ação nos Sinóticos, no final de Lucas. Contim n 16.14 Os fariseus encaravam a riqueza como recompensa pela justiçe. 16.15 Uma atitude externa de justiça vinda de corações maus pode re­ ceber elogios dos outros, mas é detestável para Deus. 16.16 Ver a seção 8 de Verdade em Ação nos Sinóticos, no final de Lucas 16.16 Os fariseus supunham que uma rígida observância da Lei era : caminho para a justiça, não percebendo que a Lei e os Profetas aponta­ vam para o Messias. Essa forma de justificativa não era mais v á !« desde que João Batista anunciou que arrependimento e fé eram os meios para admissão no Reino. Agora, todos que desejassem o R eix poderiam entrar. Ver nota em M t 11.12. 16.17-18 Til: 0 termo significa uma pequena marca, usada para distrguir as letras do alfabeto hebraico. 0 dito afirma a qualidade permans-. te da Lei, como expressão da vontade de Deus. 0 evangelho não pôs 6 Lei de lado, mas ao invés disso, em um nível mais alto (ver a nota e r M t 5.17). Comum exemplo da permanência da Lei, Jesus refere-se ar adultério, que ainda era pecaminoso, mesmo que fosse justificaor pela lei civil (ver a nota em M t 5.32). 1053 nossa letra T ou "j") e o menor sinal de pontuação, "til”. Não há espaço para debater: Jesus creu e ensinou a inspiração verbal total da Bíblia — que toda palavra é inspirada por Deus (ver 2Tm 3.16). 2) Jesus também sustenta que cada verdade que a Bíblia ensina deve ser mantida inviolável. Em M t 5.1719, ele insiste que todo aquele que ensina qualquer coisa se­ guindo contrariamente às Escrituras não está em harmonia com a norma do seu Reino. 3) Jesus atesta a indissolubilidade das Escrituras (Jo 10.35). Quando ele diz que "a Escritura não pode ser anulada", ele, literalmente, descreve a inviolabilidade completa da Palavra de Deus do lado do ser humano não (ten­ tar diminuir sua verdade ou significado) e a total dependência da mesma do lado de Deus (Ele a sustentará — sua Palavra não se dissolverá nem será abalada). M t 24.35 é o texto mais citado a esse respeito. Toda a criação pode se dissolver: a Pa­ lavra de Deus permanecerá para sempre! 4) Jesus afirma a credibilidade do AT em geral (Jo 5.39), mas também dos mila­ gres do AT. Ele não os encara como crenças sustentadas su­ persticiosamente, que ele tolerou entre aqueles a quem se dirigia. Ao invés disso, ele era a Verdade Encarnada; e como a encarnação da verdade, seu testemunho é decisivo. Assim, notar que Jesus cria no relato bíblico de: (a) Adão e Eva como o primeiro casal (M t 19.4-5); (b) a literal destruição de Sodoma e Gomorra (Mc 6.11; Le 17.29-30); (c) a realidade de Noé e o dilúvio (M t 24.37-38); (d) a fidedignidade da profecia de Daniel (M t 24.15); (e) a verdade sobre Jonas ter sido engolido por um grande peixe (Mt 12.39-40); e (f) o milagre do maná, bem como outros milagres durante a caminhada pelo deserto da época de Moisés (Jo 3.14; 6.31-32). Por fim, 5) Jesus pre­ disse e autorizou a redação das Escrituras do NT. Tanto Jo 14.26 como em 16.12-13, ele assinalou que o ministério próxi­ mo do Espírito Santo incluiria que ele deveria colocar na mente dos apóstolos as coisas que mais tarde seriam redigidas. Sua antecipação desse ministério não apenas coloca seu endosso sobre essa faceta da missão apostólica deles, mas também afeta indiretamente o fechamento do cânon das Escrituras que seguiu o término dessa tarefa. (Ver o artigo em Pv 30.5-6.) 1 8 1M t 5.32; 19.9; Mc 10.11; 1Co 7.10-11 21 * Ver PC em Mt 15.33. ! D IN Â M IC A DO REINO 18 Qualquer 'que deixa sua mulher e casa com ou­ tra adultera; e aquele que casa com a repudiada pelo marido adultera também. A parábola do rico e Lázaro 19 Ora, havia um homem rico, e vestia-se de púr­ pura e de linho finíssimo, e vivia todos os dias regala­ da e esplendidamente. 20 Havia também um certo mendigo, chamado Lá­ zaro, que jazia cheio de chagas à porta daquele. 21 E desejava *alimentar-se com as migalhas que caíam da mesa do rico; e os próprios cães vinham lamber-lhe as chagas. 22 E aconteceu que o mendigo morreu e foi levado pelos anjos para o seio de Abraão; e morreu também o rico e foi sepultado. 23 E, no Hades, ergueu os olhos, estando em tor­ mentos, e viu ao longe Abraão e Lázaro, no seu seio. 24 E, clamando, disse: Abraão, meu pai, tem mise­ ricórdia de mim e manda a Lázaro que molhe na água a ponta do seu dedo e mme refresque a língua, porque estou "atormentado nesta chama. 25 Disse, porém, Abraão: Filho, lembra-te "de que recebeste os teus bens em tua vida, e Lázaro, somente males; e, agora, este é consolado, e tu, atormentado. 26 E, além disso, está posto um grande abismo en­ tre nós e vós, de sorte que os que quisessem passar daqui para vós não poderiam, nem tampouco os de lá, passar para cá. 27 E disse ele: Rogo-te, pois, ó pai, que o mandes à casa de meu pai, 28 pois tenho cinco irmãos, para que lhes dê teste­ munho, a fim de que não venham também para este lugar de tormento. 29 Disse-lhe Abraão: "Eles têm Moisés e os Profe­ tas; ouçam-nos. 30 E disse ele: Não, Abraão, meu pai; mas, se algum dos mortos fosse ter com eles, *arrepender-se-iam. 31 Porém Abraão lhe disse: Se não ouvem a Moisés e aos Profetas, "tampouco acreditarão, ainda que al­ gum dos mortos ressuscite. 1*>1 .(Pv-30.5-6/2Co 3.5-81 J.W.H. D LUCAS 16 24mZc14.12 « Is 66.24; Mc 9.43 2 5 o Jó 21.13; Lc 6.24 2 9 P is 8.20: 34.16; J o 5.39,45; A t 15.21; 17.11 3 0 * Ver PC em M t 3.2. 31 Q J o 12.10-11 16.18 Ver a seção 1 de Verdade em Ação nos Sinóticos, no final de Lucas. 16,19-31 Como "avarentos" (v. 14), os fariseus consideravam a riqueza como uma sinal das bênçãos de Deus, e consideravam a pobreza como um sinal do julgamento de Deus, Jesus ensina que as possessões mate­ riais são um crédito de Deus para ser usado com responsabilidade para o bem. A atitude de uma pessoa em relação às possessões é um indício evidente se a pessoa está vivendo egocentricamente ou sob o total se­ nhorio de Cristo. 0 principal propósito desta parábola é chamar aqueles que tem uma visão atéia da riqueza e da justiça para o arrependimento e ajudar os outros com seu dinheiro. E um exemplo de "o que entre os homens é elevado perante Deus é abominação" (v. 15). 16.19 0 homem rico, às vezes, é chamado de Dives, palavra latina para "um homem com riqueza". ANJOS 16.22 Crentes acompanhados por anjos. A Bíblia mostra anjos no futuro de todos os crentes, na morte ou na segunda vinda de Cristo. Se acontecer a morte, em nossa transição entre esta e a próxima vida, não será uma experiência solitá­ ria e atemorizante. Ao invés disso, anjos nos acompanharão à alegria perpétua da mesma forma que carregaram o mendi­ go ao lugar de descanso indicado a ele por Deus. Para nós, isso será a presença de Jesus (2Co 5.1-8). Entretanto, se Cristo voltar antes de nossa morte, na segunda vinda os an­ jos nos ajuntarão "desde os quatro ventos, da extremidade da terra até a extremidade do céu" (Mc 13.26-27). (Is 14.12-14/S1103.20-21*) M.H. D IN Â M IC A PO REINO__________________ RESPOSTAS ESPIRITUAIS 16.23 15. Como é o inferno. Para a resposta a esta e a ou­ tras perguntas sobre Deus e o poder da vida em seu Reino, ver o artigo de estudo "Respostas Espirituais a Questões Difí­ ceis", que começa na página 1373. RR. 16.22 Para um judeu, o seio de Abraão sugere o lugar honrado no pa­ raíso (ver Jo 13.23), isto é, o mendigo recebeu uma acolhida especial no céu e foi colocado ao lado de Abraão. A expressão aparentemente, também pode ter sido usada para descrever a parte do Hades reserva­ da para os justos (até depois da ressurreição de Jesus). 16.23-24 Hades é a morada dos mortos. A descrição não deixa dúvi­ das de que o homem rico estava em um lugar de punição eterna. 16.25 A riqueza não condena automaticamente uma pessoa ao infer­ no, nem a pobreza nesta vida também garante alegria eterna. 0 destino de uma pessoa depende de seu relacionamento com Deus, que, nor­ malmente, se reflete na atitude em relação às possessões materiais. 16.29-31 0s fariseus estavam constantemente exigindo sinais de Je­ sus para provar seu messianismo. Eles não rejeitavam apenas as evi­ dências das Escrituras a seu respeito, o que em si, já era suficiente, LUGAS 17 1054 C a p ítu lo 1 7 A cerca do s escân dalo s, do p erd ã o , 1 " M t 18.6-7; do p o d e r d a f é e d o s servos in ú teis Mc 9.42: (Mt 18.6,21-22; Mc 9.42) 1Co 11.19 * Ver i ' T E disse aos discípulos: aÉ impossível que não PC em M t 16.23. 1 / venham ‘ escândalos, mas ai daqu ele por 3 4 Mt 18.15,21 c Lv 19.17; quem vierem! Pv 17.10; Tg 5.19 2 Melhor lhe fora que lhe pusessem ao pescoço6 d M t 17.20; 21.21; Mc 9.23; uma pedra de moinho, e fosse lançado ao mar, do que 11.23 fazer tropeçar um destes pequenos. 8 e Lc 12.37 Q 3 Olhai por vós mesmos. '’E, se teu irmão pecar 1 0 1Jó 22.3; contra ti, repreende-o; ce, se ele se arrepender, perdoa35.7; M t 25.30; Rm 3.12; 11.35; lhe; ICo 9.16-17; 4 e, se pecar contra ti sete vezes no dia e sete vezes Fm 11 no dia vier ter contigo, dizendo: Arrependo-me, per­ 11 SLc 9.51-52; doa-lhe. Jo 4.4 12 4 Lv 13.46 5 Disseram, então, os apóstolos ao Senhor: Acres­ 1 4 / Lv 13.2; centa-nos a fé. 14.2; M t 8.4; 6 E disse o "Senhor: Se tivésseis fé como um grão Lc5.14 de mostarda, diríeis a esta amoreira: Desarraiga-te daqui e planta-te no mar, e ela vos obedeceria. I E qual de vós terá um servo a lavrar ou a apascen­ tar gado, a quem, voltando ele do campo, diga: Che­ ga-te e assenta-te à m esa? 8 E não lhe diga antes: Prepara-me a ceia, e cingete, ee serve-me, até que tenha comido e bebido, e de­ pois comerás e beberás tu? 9 Porventura, dá graças ao tal servo, porque fez o que lhe foi mandado? Creio que não. 10 Assim também vós, quando fizerdes tudo o que vos for mandado, dizei: Somos 'servos inúteis, por­ que fizemos som ente o que devíamos fazer. A cu ra d e d ez lep ro so s 11 E aconteceu "que, indo ele a Jerusalém, passou pelo meio de Samaria e da Galiléia; 12 e, entrando numa certa aldeia, saíram-lhe ao en­ contro dez homens leprosos, ''os quais pararam de longe. 13 E levantaram a voz, dizendo: Jesus, Mestre, tem misericórdia de nós! 14 E ele, vendo-os, disse-lhes: 'Ide e mostrai-vos aos sacerdotes. E aconteceu que, indo eles, ficaram limpos. 15 E um deles, vendo que estava são, voltou glorifi­ cando a Deus em alta voz. 16 E caiu aos seus pés, com o rosto em terra, dan­ do-lhe graças; e este era samaritano. 17 E, respondendo Jesus, disse: Não foram dez os limpos? E onde estão os nove? 18 Não houve quem voltasse para dar glória a Deus, senão este estrangeiro? 19 E disse-lhe: "Levanta-te e vai; a tua fé te salvou. A vinda súbita do R ein o d e D eu s 20 E, interrogado pelos fariseus sobre quando ha-u via de vir o Reino de Deus, respondeu-lhes e disse: O Reino de Deus não vem com í3aparência exterior. 21 Nem dirão: 'Ei-lo aqui! Ou: Ei-lo ali! Porque eis que o Reino de Deus está mentre vós. lv & D IN Â M IC A DO REINO CURA DIVINA 17.12-19 A cura enquanto iam. A natureza de algumas curas como "graduais" é observada nas palavras "indo eles, ficaram limpos". A cura dos 10 leprosos propicia várias li­ ções: 1) Nem toda a cura acontece no momento da oração. Frequentemente, esperam-se as curas instantâneas, ao pas­ so que isso ilustra a cura "em processo" durante um periodo de tempo seguinte à oração. 2) A ordem de Jesus "Ide... aos sacerdotes" indica não somente sua retificação da Lei (Lv 13.1-59). Visto que os sacerdotes eram os médicos daquela cultura, ela indica a aprovação dele de pessoas que recebe­ ram curas procurando seus médicos para confirmação das curas. 3) É importante observar a obediência dos leprosos às ordens de Jesus. Enquanto eles permaneciam obedientes, eles eram curados. Quando a cura não é instantânea, não se deve duvidar, mas encontrar um possível caminho de obe­ diência. 4) Do grupo de leprosos curados por Jesus, apenas um voltou para expressar gratidão. Quando a cura acontece, expresse seus agradecimentos com louvor e adoração e não seja como os nove que erraram em não voltar para agrade­ cer. (Lc 10.8-9/Jo 8.58) N.V. D IN Â M IC A DO REINO__________________ A MENSAGEM DO REINO 1 9 / M t 9.22; Mc 5.34; 10.52; Lc 7.50; 8.48; 18.42 2 0 13ou obser­ vação 2 1 1 Lc 17.23 m Hm 14.17 mas também não receberam o testemunho da ressurreição, o maior milagre de todos. 17.1-2 Escândalos: 0 termo significa "pedras de tropeço", literalmente o gatilho de uma armadilha ou cilada. Aqui, indica algo que fará com que uma pessoa peque. Ninguém peca no vácuo; os outros são afetados. Jesus dá uma forte advertência contra ser a causa da apostasia dos ou­ tros, especialmente daqueles menos maduros em anos ou experiência (ver M t 18.6-7). 17.3- 4 Ver a seção 5 de Verdade em Ação nos Sinóticos, no final de Lu­ cas. 17.34 Ver as notas em M t 18.21-35. 17.5 0s discípulos sentiam a necessidade de uma maior fé para alcan­ çar o padrão que Jesus havia exigido. 17.6 A quantidade de fé não é tão importante quanto sua qualidade. Ver as notas em M t 17.20; M c 11.23. 17.7-10 Um discípulo que obedece aos mandamentos de Deus não pode 17.20-21 0 Reino dentro de você. Fundamental para a verda­ de do NT é que o Reino de Deus é a realidade espiritual e dinâ­ mica disponível para cada pessoa que recebe Jesus Cristo como Salvador e Senhor. Recebê-lo — o Rei — é receber suas leis majestosas, não apenas em sua vida e a respeito de seus negócios, mas através de sua vida e por seu serviço e amor. ”0 Reino de Deus está entre vós", disse Jesus. Isso nunca deve ser interpretado como possível se agir­ mos independentemente do poder e graça de Deus. A possi­ bilidade de reintegração ao governo é realizada somente através do perdão dos pecados e da redenção total em Cristo Continua fazer pedidos especiais a Deus pelo mero cumprimento de seu dever. As recompensas de Deus são dadas por sua graça, não por mérito. 17.16 Talvez os outros, gue eram judeus, achassem que a cura era seu dever, visto que eram da raça escolhida. 17.17 A ingratidão não negava a misericórdia de Cristo aos nove, mas os destituía da comunhão com ele. 17.18 Estrangeiro: Os nove leprosos ingratos parecem representar a nação de pessoas que tinham sido ingratas e irresponsáveis pela obra de purificação feita por Jesus, o Messias. Eles contrastam com a res­ posta agradecida de seus odiados vizinhos samaritanos (v. 16). 17.19 Uma tradução "A tua fé te salvou" refere-se à salvação, ao invés de à morte. 0s nove ingratos receberam apenas a cura física, mas o agradecido estrangeiro recebeu mais. 17.2021 Ver a seção 8 de Verdade em Ação nos Sinóticos, no final de Lucas. 17.20- 21 Em contraste com as expectativas dos fariseus, o Reino não mediante a cruz. A Bíblia nunca sugere 1) que existe no ser humano uma centelha divina, que pode ser inflamada através de nobres esforços humanos ou 2) que a divindade está resi­ dente de alguma fornia no potencial de um ser humano, como se os seres humanos fossem ou pudessem se tornar "deu­ ses” . Ao contrário, o ser humano está perdido nas trevas e alienado de Deus (Ef 4.18; 2.12). Entretanto, a salvação total traz relacionamento restaura­ do com Deus em um potencial total para as leis de seu Reino “dentro de nós" conforme andamos com ele. Jesus enviou o Espírito Santo para fazer com que a unção de seu messianis­ mo fosse transmitida a nós (Is 61.1-3; Lc 4.18; Jo 1.16; 1Jo 2.20,27; 4.17). É assim e apenas sob esses termos que um ser humano pode dizer: "0 Reino de Deus está dentro de m im ". 1055 _______________________________LUCAS 1 7 , 18 2 2 « M t 9.15; 30 Assim será no dia em que o Filho do Homem se há "de manifestar. 31 Naquele dia, '"quem estiver no telhado, tendo os seus utensílios em casa, não desça a tomá-los; e, da mes­ ma sorte, o que estiver no campo não volte para trás. 32 Lembrai-vos Ma mulher de Ló. 33 Qualquer 2que procurar ‘ salvar a sua vida perdêla-á, e qualquer que a perder salvá-la-á. 34 Digo-vos "que, naquela noite, estarão dois numa cama; um será tomado, e outro será deixado. 35 Duas estarão juntas, moendo; uma será tomada, e outra será deixada. 36 Dois estarão no campo; um será tomado, e outro será deixado. 37 E, respondendo, Misseram-lhe: Onde, Senhor? E ele lhes disse: Onde estiver o corpo, aí se ajuntarão as águias. Jo 17.12 2 3 o Mt 24.23: Mc 13.21; Lc 21.8 2 4 PM t 24.27 2 5 4 Mc 8.31; 9.34:10.33; Lc 9.22* Ver PC em At 17.3. 2 6 r Gn 7; Mt 24.37 2 8 s Gn 19 2 9 f Gn 19.16,24 (Cl 1.13/Mt 5.1— 7.271 J.W.H. 22 E disse aos discípulos: "Dias virão em que dese­ jareis ver um dos dias do Filho do Homem e não o ve­ reis. 23 E dir-vos-ão: °Ei-lo aqui! Ou: Ei-lo ali! Não vades, nem os sigais, 24 porque, "corno o relâmpago ilumina desde uma extremidade inferior do céu até à outra extremidade, assim será também o Filho do Homem no seu dia. 25 Mas "primeiro convém que ele ‘ padeça muito e seja reprovado por esta geração. 26 E, "corno aconteceu nos dias de Noé, assim será também nos dias do Filho do Homem. 27 Comiam, bebiam, casavam e davam-se em casa­ mento, até ao dia em que Noé entrou na arca, e veio o dilúvio e consumiu a todos. 28 Como "também da mesma maneira aconteceu nos dias de Ló: comiam, bebiam, compravam, vendiam, plantavam e edificavam. 29 Mas, fno dia em que Ló saiu de Sodoma, choveu do céu fogo e enxofre, consumindo a todos. DINÂMICA DO REINO_____________ RESPOSTAS ESPIRITUAIS 17.21 2 9 .0 que é o Reino de Deus. Para a resposta a esta e a outras perguntas sobre Deus e o poder da vida em seu Rei­ no, ver o artigo de estudo "Respostas Espirituais a Questões Difíceis", que começa na página 1373. rr . A parábola do ju iz iníquo E contou-lhes também uma parábola sobre o B 1 O dever 8de orar sempre e nunca desfalecer, 2 dizendo: Havia numa cidade um certo juiz, que nem a Deus temia, nem respeitava homem algum. 3 Havia também naquela mesma cidade uma certa viúva e iá ter com ele, dizendo: Faze-me justiça con­ tra o meu adversário. 4 E, por algum tempo, não quis; mas, depois, disse consigo: Ainda que não temo a Deus, nem respeito os homens, 5 todavia, tlcomo esta viúva me molesta, hei de fa­ zer-lhe justiça, para que enfim não volte e me impor­ tune muito. 6 E disse o Senhor: Ouvi o que diz o injusto juiz. 7 E Deus cnão fará justiça aos seus ‘ escolhidos, que clamam a ele de dia e de noite, ainda que Mtardio para com eles? 8 Digo-vos rfque, depressa, lhes fará justiça. Quan­ do, porém, vier o Filho do Homem, porventura, acha­ rá fé na terra? 1 3 0 u 2Ts 1.7 3 1 v Mt 24.17; Mc 13.15 32 xQn 19.26 3 3 ^ Mt 10.39; 16.25; 8.35; Lc 9.34; Jo 12.25 * Ver PC em Lc 7.50. 3 4 « Mt 24.4041; 1Ts 4.17 3 7 b Jó 39.30; Mt 24.28 C a p ítu la 1 8 1 3 Lc 11.5; 21.36; Rm 12.12; Ef 6.18; Cl 4.2; 1Ts 5.17 5 b Lc 11.8 7 c Ap 10.6 l^ou longânimo * Ver PC em 1Pe 2.9. 8 V Hb 10.37; 2Pe 3.8-9 9 6 Lc 10.29; 16.15 é externo e físico, no sentido de ser um domínio político, mas, ao invés disso, interno e espiritual. Entre vós (v. 21) também pode ser traduzido por "no meio de vós". Se é assim, Jesus está dizendo que o Reino está presentemente corporificado nele, um fato que, em sua descrença, eles talhavam em reconhecer. 17.22 A consumação do Reino espera o retomo do Senhor. Em tempos de aborrecimento, os crentes, freqüentemente, ansiarão pelo dia da vitória. 17.23 Até o Senhor retornar, os cristãos devem viver pela fé e evitar aqueles que falsificam datas e sinais. 17.24 A t/inda do Senhor será tão repentina quanto visível como o re­ lâmpago. 17.26-30 0s crentes devem viver em constante expectativa e pronti­ dão para o retorno de Cristo, em contraste com a indiferença impru­ dente dos descrentes, que estão absorvidos nas atividades rotineiras da vida como se elas fossem permanentes. 17.31-32 Uma ligação desprendida com as coisas da Terra permite a prontidão para partir. 0 destino da mulher de Ló é uma advertência contra estar ligado a possessões mundanas. O A parábola do fa rise u e do p u blica n o 9 E disse tam bém esta parábola a uns "que confiavam B sinar que haverá uma separação decisiva no retorno do Senhor. 0 tempo e o modo de cumprimento não são indicados. 17.37 Diferentes pontos de vista encaram as águias (abutres) das se­ guintes maneiras: 1) como símbolos de julgamento; 2) como aves se reunindo onde existe a imundície da decadência espiritual; 3) como descrição da Igreja "arrebatada na direção do céu", como uma ave ar­ rebata sua presa. 18.1- 8 Ver a seção 3 de Verdade em Ação nos Sinóticos, no final de Lucas. 18.1 A oração estimula a estabilidade e previne contra o desânimo du­ rante à demora do retorno de Cristo. 18.2- 8 A parábola é uma história que usa contraste ao invés de compara­ ção. A prontidão de Deus para efetuar a justiça está em contraste com a relutância do juiz que apenas aplica justiça por ira causada pelo aborreci­ mento da persistência da viúva. 0 ponto de contraste é o fato da disposi­ ção e prontidão de Deus; além disso, nós não somos viúvas, mas membros do próprio Corpo de Deis — sua Noiva. Portanto, podemos es­ perar que o Juiz Justo, o Pai, nos traga alívio do erro quando oramos. 17.33 Ver as notas em M t 16.21-27. 18.8 0s cristãos não devem ficar cansados enquanto esperam pelo Senhor, mas devem perseverar na fé. 17.34-36 Embora alguns comentaristas dramatizem estes versículos como indicativos do enlevo "secreto" da Igreja, o objetivo de Jesus é en­ 18.9-14 Ver a seção 5 de Verdade em Ação nos Sinóticos, no final de Lucas. LUGAS 18 1056 em si mesmos, crendo que eram justos, e desprezavam 1 0 * Ver PC em Mt 6.6. os outros: 1 1 ^Sl 135.2 10 Dois homens subiram ao templo, a *orar; um, 9 Is 1.15; 58.2; Ap 3.17 fariseu, e o outro, publicano. 14/1 Jó 22.29; 11 O fariseu, 'estando em pé, orava consigo desta Mt 23.12; maneira: "Ó Deus, graças te dou, porque não sou Lc 14.11; Tg 4.6; como os demais homens, roubadores, injustos e adúl­ 1Pe 5.5-6* Ver PC em Mt 12.37. Ver teros; nem ainda como este publicano. PC em Mt 18.4. 12 Jejuo duas vezes na semana e dou os dízimos de 15/Mc 10.13 tudo quanto possuo. 167 iCo 14.20; 13 6 publicano, porém, estando em pé, de longe, 1Pe 2.2 1 7 / Mc 10.15 nem ainda queria levantar os olhos ao céu, mas batia 18 m Mc 10.17 no peito, dizendo: Ó Deus, tem misericórdia de mim, 20 n Êx 20.12,16; pecador! Dt 5.16,20; 14 Digo-vos que este desceu *justificado para sua Rm 13.9» Ef 6.2; Cl 3.20 casa, e não aquele; 'porque qualquer que a si mesmo se exalta será humilhado, e qualquer que a si mesmo 2 2 PM t 6.19-20; 19.21; ITm 6.19 se *humilha será exaltado. * Ver PC em Jo 13.36. 23 Mas, ouvindo ele isso, ficou muito triste, por­ que era muito rico. 24 E, vendo Jesus que ele ficara muito triste, disse: »Quão dificilmente entrarão no Reino de Deus os que têm riquezas! 25 Porque é mais fácil entrar um camelo pelo fun­ do de uma agulha do que entrar um rico no Reino de Deus. 26 E os que ouviram isso disseram: Logo, quem pode salvar-se? 27 Mas ele respondeu: 'As coisas que são impossí­ veis aos homens são possíveis a Deus. 28 E disse Pedro: "Eis que nós deixamos tudo e te seguimos. 29 E ele lhes disse: Na verdade vos digo fque nin­ guém há, que tenha deixado casa, ou pais, ou irmãos, ou mulher, ou filhos pelo Reino de Deus 30 e "não haja de receber muito mais neste mundo e, na idade vindoura, a vida eterna. Je s u s a b ençoa as crian ça s (Mt 19.13-15; Mc 10.13-16) Je s u s a n un cia a sua paixão 15 E traziam-lhe 'também crianças, para que ele as tocasse; e os discípulos, vendo isso, repreendiam-nos. 16 Mas Jesus, chamando-as para si, disse: Deixai vir a mim os pequeninos e não os impeçais, /porque dos tais é o Reino de Deus. 17 Em 'verdade vos digo que qualquer que não re­ ceber o Reino de Deus como uma criança não entrará nele. (Mt 20.17-19; Mc 10.32-34) 31 E, "tomando consigo os doze, disse-lhes: Eis que subimos a Jerusalém, e se cumprirá no Filho do Ho­ mem tudo o "que pelos profetas foi escrito. 32 Pois zhá de ser entregue aos gentios e escarneci­ do, injuriado e cuspido; 33 e, havendo-o açoitado, o matarão; e, ao terceiro dia, ressuscitará. 34 E "eles nada disso entendiam, e esta palavra lhes era encoberta, não percebendo o que se lhes di­ zia. O jo v em rico (Mt 19.16-30; Mc 10.17-31) 18 E mperguntou-lhe um certo príncipe, dizendo: Bom Mestre, que hei de fazer para herdar a vida eterna? 19 Jesus lhe disse: Por que me chamas bom? Nin­ guém há bom, senão um, que é Deus. 20 Sabes os mandamentos: Não adulterarás, não matarás, "não furtarás, não dirás falso testemunho, "honra a teu pai e a tua mãe. 21 E disse ele: Todas essas coisas tenho observado desde a minha mocidade. UH 22 E, quando Jesus ouviu isso, disse-lhe: Ainda te falta uma coisa: "vende tudo quanto tens, reparte-o pelos pobres e terás um tesouro no céu; depois, vem e *segue-me. DINÂMICA DO REINO IV " I RESPOSTAS ESPIRITUAIS 18.2221. As pessoas precisamser pobres para ser san­ tas. Para a resposta a esta e a outras perguntas sobre Deus e o poder da vida em seu Reino, ver o artigo de estudo "Res­ postas Espirituais a Questões Difíceis", que começa na pági­ na 1373. RR. O ceg o d e je ric ó (Mt 20.29-34; Mc 10.46-52) 2 4 Mc 22.16; 12.14 2 3 * Ver PC em iCo 3.19. 2 7 9 Mc 12.18 h At 23.6,8 2 8 ' Dt 25.5 não deixar filhos, o irmão dele tome a mulher e susci­ te posteridade a seu irmão. 29 Houve, pois, sete irmãos, e o primeiro tomou mulher e morreu sem filhos; 30 e o segundo 31 e o terceiro também a tomaram, e, igualmente, os sete. Todos eles morreram e não deixaram filhos. 32 E, por último, depois de todos, morreu também a mulher. 33 Portanto, na ressurreição, de qual deles será a mulher, pois que os sete por mulher a tiveram? 34 E, respondendo Jesus, disse-lhes: Os filhos des­ te mundo casam-se e dão-se em casamento, 35 mas os que forem havidos por dignos de alcançar o mundo vindouro e a ressurreição dos mortos nem hão de casar, nem ser dados em casamento; 36 porque já não podem /mais morrer, pois são iguais aos anjos e são filhos de Deus, 'sendo filhos da ressurrei­ ção. 37 E que os mortos hão de ressuscitar mtambém o mostrou-Moisés junto da sarça, quando chama ao Se­ nhor Deus de Abraão, e Deus de Isaque, e Deus de Jacó. 38 Ora, Deus não é Deus de mortos, mas de vivos, porque para "ele vivem todos. 39 E, respondendo alguns dos escribas, disseram: Mestre, disseste bem. 40 E não ousavam perguntar-lhe mais coisa alguma. C risto, o F ilh o d e Davi (Mt 22.41-46; Mc 12.35-37) 41 E ele lhes disse: "Como dizem que o Cristo é Fi­ lho de Davi? 42 Visto como o mesmo Davi diz no livro dos Sal­ mos: »Disse o Senhor ao meu Senhor: Assenta-te à minha direita, 43 até que eu ponha os teus inimigos por escabelo de teus pés. 44 Se Davi lhe chama Senhor, como é ele seu filho? Je s u s cen su ra os escrib a s (Mt 23.1-12; Mc 12.38-40) 36/1 Co 15.22, 49,52; Uo 3.2 / Rm 8.23 45 E, »ouvindo-o todo o povo, disse Jesus aos seus discípulos: 46 Guardai-vos dos escribas, que querem andar com vestes compridas e amam as "saudações nas praças, e as principais cadeiras nas sinagogas, e os primeiros luga­ res nos banquetes; 47 que 'devoram as casas das viúvas, fazendo, por pretexto, largas orações. Estes receberão maior con­ denação. 3 7 m Êx 3.6 3 8 » Rm 6.10-11 4 1 o M t 22.42, Mc 12.35 4 2 PS1110.1; At 2.34 45 H Mt 12.38 4 6 'Lc 11.43 47 sMt 23.14 A oferta da viúva p o b re (Mc 12.41-44) E, olhando ele, viu os ricos lançarem as suas L ofertas na arca do tesouro; 2 e viu também uma pobre viúva lançar ali duas pe­ quenas m oedas; 20.20-26 Ver a seção 2 de Verdade em Ação nos Sinóticos, no final de Lucas. 20.41-44 Ver as notas em M t 22.41-46. 20.20*26 Ver as notas em M t 22.15-22. 20.45-47 Ver as notas em M t 23.5-7,14; M c 12.38-40. 20.27*40 Ver as notas em M t 22.23-33. 21.1-4 Ver as notas em Mc 12.41-44. LUCAS 21 1060 3 e disse: Em verdade vos "digo que lançou mais do que todos esta pobre viúva, 4 porque todos aqueles deram como ofertas de Deus do que lhes sobeja; mas esta, da sua pobreza, deu todo o sustento que tinha. O serm ã o p ro fético . O p rin cíp io das d o res (Mt 24.1-14; Mc 13.1-13) 5 E, dizendo alguns a respeito do templo, que esta­ va ‘ ornado de formosas pedras e dádivas, disse: 6 Quanto a estas coisas que vedes, dias virão em sque se não deixará pedra sobre pedra que não seja derribada. 7 E perguntaram-lhe, dizendo: Mestre, quando se­ rão, pois, essas coisas? E que ‘ sinal haverá quando isso estiver para acontecer? 8 Disse, então, ele: ‘ Vede que não vos enganem, por­ que virão muitos em meu nome, dizendo: Sou eu, e o tempo está próximo; não vades, portanto, após eles. 9 E, quando ouvirdes de guerras e sedições, não vos assusteis. Porque é necessário que isso aconteça primeiro, mas o fim não será ‘ logo. 10 Então, G 'lhes disse: Levantar-se-á nação contra nação, e reino, contra reino; 11 e haverá, em vários lugares, grandes terremo­ tos, e fomes, e pestilências; haverá também coisas es­ pantosas e grandes sinais do céu. 12 Mas, “antes de todas essas coisas, lançarão mão de vós e vos perseguirão, entregando-vos às sinago­ gas e 'às prisões ge conduzindo-vos à presença de reis e governadores, ''por amor do meu nome. 13 E vos acontecerá 'isso para ‘ testemunho. 14 Proponde,'pois, em vosso coração não premedi­ tar como haveis de responder, 15 porque eu vos darei boca e sabedoria 'a que não poderão resistir, nem contradizer todos quantos se vos ‘ opuserem. 16 E até pelos pais, e irmãos, e parentes, e amigos sereis mentregues; e matarão nalguns de vós. 17 E de todos sereis “odiados por causa do meu nome. 18 Mas ,!não perecerá um único cabelo da vossa ca­ beça. 19 Na vossa paciência, possuí a vossa alma. PALAVRA-CHAVE 21.19 alma, psuche; Strang 5590: Comparar com "psí- 7X cologia", "psicose", "psiquiatra", "psicodélico". Psuche é a alma como distinta do corpo. É a sede das afeições, vontade, desejo, emoções, mente, razão e compreensão, Psuche é o eu interior ou a essência da vida. A palavra freqíientemente deno­ ta a pessoa ou o eu (At 2.41,43; 1Pe 3.20). A psuche não se dissolve com a morte. 0 corpo e o espírito podem se separar, mas o espírito e a alma podem apenas ser distinguidos. C a p ítu lo 2 1 3 a 2Co 8.12 5 * Ver PC em M t 25.7. 6 H c 19.44 7 * Ver PC em Ap 16.14. 8 c M t 24.4: Mc 13.5; Ef 5.6: 2Ts 2.3 9 * Ver PC em J 0 6 .2 I. 1 0 V M t 24.7 1 2 b Mc 13.9; Ap 2 .1 0 'At 4.3; 5.18; 12.4; 16.24 S At 25.23 h 1Pe 2.13 1 3 ' Fp 1.28; 2Ts 1.5‘ Ver PC em Ap 15.5. 1 4 / M t 10.19; Mc 23.11; Lc 12.11 1 5 'A t 6.10* Ver PC em Ef 6.13. 1 6 ™ Mq 7.6; Mc 13.12 " A t 7.59; 12.2 1 7 ° M t 10.22 1 8 4 M t 10.30 2 2 q Dn 9.26-27; Zc 11.1 2 3 r Mt24.19 2 4 s Dn 9.27; 12.7; Hm 11.25 * Ver PC em Cl 4.5. 2 6 ! M t 24.4 2 7 « M t 24.30; Ap 1.7; 14.14 28i'Rm 8.19,23 * Ver PC em Rm 3.24. 2 9 * Mt 24.32; Mc 13.28 3 4 ? Rm 13.13; 1Ts 5.6; IPe 4.7 * Ver PC em1Pe5.7. 35"2Pe3.1D; Ap 3.3; 15.15 3 6 b M t 24.42; 25.13; Mc 13.33 c Lc 18.1 21.5-28 Ver as notas em M t 24.1-31. 21 .24 A expressão os tem pos dos gentios refere-se ao intervalo en­ tre a destruição de Jerusalém, em 70 d.C., e a segunda vinda de Cris­ to, durante a qual 0 evangelho é proclamado ao mundo inteiro. Visto que Jerusalém, frequentemente, simboliza 0 povo judeu como um todo (Ap 11.2), Jesus aqui também está profetizando a descrença da maioria dos judeus durante 0 tempo da Igreja. "Até" parece aludir a um Israel arrependido acolhendo sua volta (ver M t 23.39; Rm 11.11-27). 21.25 0 AT, freqíientemente, usa uma linguagem semelhante para des­ O serm ã o p ro fético continua. A g ra n d e tribulação (M t 2 4 .1 5 -1 8 ; M c 13 .14 -23 ) 20 Mas, quando virdes Jerusalém cercada de exér­ citos, sabei, então, que é chegada a sua desolação. 21 Então, os que estiverem na Judéia, que fujam para os montes; os que estiverem no meio da cida de, que saiam; e, os que estiverem nos campos, que não entrem nela. 22 Porque dias de vingança são estes, para que ?se cumpram todas as coisas que estão escritas. 23 Mas ai “das grávidas e das que criarem naqueles dias! Porque haverá grande aflição na terra e ira sobre este povo. 24 E cairão a fio de espada e para todas as nações se­ rão levados cativos; e Jerusalém será pisada pelos gen­ tios, até que os stempos* dos gentios se completem. O serm ã o p ro fético continu a. A Volta do F ilh o do H om em (M t 2 4 .2 9 -3 5 ; M c 1 3 .24 -27 ) 25 E haverá sinais no sol, e na lua, e nas estrelas, e, na terra, angústia das nações, em perplexidade pelo bramido do mar e das ondas; 26 homens desmaiando de terror, na expectação das coisas que sobrevirão ao mundo, 'porquanto os poderes do céu serão abalados. 27 E, então, verão vir 0 Filho do Homem "numa nuvem, com poder e grande glória. 28 Ora, quando essas coisas começarem a aconte­ cer, olhai para cima e levantai a vossa cabeça, "por­ que a vossa ‘ redenção está próxima. 29 E disse-lhes uma parábola: ‘ Olhai para a figueira e para todas as árvores. 30 Quando já começam a brotar, vós sabeis por vós mesmos, vendo-as, que perto está já 0 verão. 31 Assim também vós, quando virdes acontecer es­ sas coisas, sabei que 0 Reino de Deus está perto. 32 Em verdade vos digo que não passará esta gera­ ção até que tudo aconteça. 33 Passará 0 céu e a terra, mas as minhas palavras não hão de passar. O serm ã o p ro fético continu a. A vigilância (M t 2 4 .3 6 -4 4 ; M c 13 .33 -37 ) 34 E olhai zpor vós, para que não aconteça que 0 vosso coração se carregue de glutonaria, de embria­ guez, e dos ‘ cuidados da vida, e venha sobre vós de improviso aquele dia. 35 Porque "virá como um laço sobre todos os que habitam na face de toda a terra. 36 Vigiai, '’pois, “em todo 0 tempo, orando, para que sejais havidos por dignos de evitar todas essas coisas crever " 0 Dia do Senhor". Seja literal ou figurada, a descrição é de mudança violenta. Ver a nota em 0b 15, 21.26-28 0 fenômeno perturbador precedendo a volta do Senhor cau­ sará terror no coração dos impenitentes, mas será uma fonte de espe­ rança e expectativa para os redimidos. Redenção (v. 28) refere-se à conclusão da obra salvadora de Cristo, quando 0 mundo descrente re­ conhecerá que os crentes são "os filhos de Deus" e 0 corpo do povo de Deus será redimido (Rm 8.19-25). 21.29-33 Ver a nota em M t 24.32-35. 21.34-36 Jesus adverte contra a letargia espiritual e convoca para que 1061 LUCAS 2 1 , 22 d S11.5; Ef 6.13 que hão de acontecer e de estar em rfpé diante do Filho 3 7 e jo 8.1-2 do Homem. I f Lc 22.39 O pacto da traição (Mt 26.1-5,14-16; Mc 14.10,11) 37 E, ede dia, ensinava no templo fe, à noite, sain­ do, ficava no monte chamado das Oliveiras. 38 E todo o povo ia ter com ele ao templo, de ma­ nhã cedo, para o ouvir. O Estava, "pois, perto a Festa dos Pães Asmos, JLà /Lj chamada de Páscoa. 2 E os ‘ principais dos sacerdotes e os escribas davam procurando como o matariam, porque temiam o povo. 3 Entrou, cporém, Satanás em Judas, que tinha por sobrenome Iscariotes, o qual era do número dos doze. 4 E foi e falou com os principais dos sacerdotes e com os capitães de como lho ‘ entregaria, 5 os quais se alegraram de convieram em lhe dar di­ nheiro. 6 E ele concordou e buscava oportunidade para lho entregar sem alvoroço. A últim a Páscoa. A Santa C eia (M t 2 6 .1 7 - 3 0 ; M c 1 4 .1 2 -2 6 ) 7 Chegou, porém, o dia da Festa dos Pães Asmos, em que importava sacrificar a Páscoa. 8 E mandou a Pedro e a João, dizendo: Ide, prepa­ rai-nos a Páscoa, para que a comamos. 9 E eles lhe perguntaram: Onde queres que a pre­ paremos? 10 E ele lhes disse: Eis que, quando entrardes na ci­ dade, encontrareis um homem levando um cântaro de água; segui-o até à casa em que ele entrar. 11 E direis ao pai de família da casa: O mestre te diz: Onde está o aposento em que hei de comer a Pás­ coa com os meus discípulos? 12 Então, ele vos mostrará um grande cenáculo mobilado; aí fazei os preparativos. 13 E, indo eles, acharam como lhes havia sido dito; e prepararam a Páscoa. 14 E, chegada ea hora, pôs-se à mesa, e, com ele, os doze apóstolos. 0 15 E disse-lhes: ‘ Desejei muito comer convosco esta Páscoa, antes que padeça, 16 porque vos digo que não a comerei mais 'até que ela se cumpra no Reino de Deus. 17 E, tomando o cálice e havendo dado graças, dis­ se: Tomai-o e reparti-o entre vós, 18 porque ®vos digo que já não beberei do fruto da vide, até que venha o Reino de Deus. 19 E, ‘ tomando o pão e havendo dado graças, partiu-o e deu-lho, dizendo: Isto é o meu corpo, que por vós é dado; 'fazei isso em memória de mim. 20 Semelhantemente, tom ou o cálice, depois da ceia, dizendo:'Este cálice é o Novo ,6Testamento* no meu sangue, que é derramado por vós. 21 Mas 'eis que a mão do que me trai está comigo à mesa. 22 E, na verdade, mo Filho do Homem vai "segundo o que está determinado; mas ai daquele homem por quem é traído! 23 E começaram °a perguntar entre si qual deles seria o que havia de fazer isso. C a p ítu la 2 2 1 a M t 26.2; Mc 14.1 2 1> SI 2.2; I Jo 11.47; At 4.27 3 c M t 26.14; I Mc 14.10; Jo 13.2,27 4 " Ver PC em Lc 23.25. an­ 5 rfZc 11.12 1 4 e M t 26.20; Mc 14.17 1 5 * Ver PC em M t 13.17. 1 6 r Lc 14.15; At 10.41; Ap 19.9 O m aio r será com o o m en o r (Mt 20.25-28) 1 8 9 Mt 26.29; Mc 14.25 19 ‘ Mt 26.26; Mc 14.22 MCo 11.24 201 iCo 10.16 16ou Pacto * Ver PCem Mc 14.24. 2 1 'SI 41.9; Mt 26.21,23; Mc 14.18; Jo 13.21,26 2 2 m Mt 26.24 n At 2.23; 4.28 2 3 o Mt 26.22; Jo 13.22,25 2 4 P Mc 9.34; Lc 9.46 2 5 9 Mt 20.25; Mc 10.42 26 r Mt 20.26; 1Pe 5.3 U c 9.48 2 7 f Lc 12.37 “ Mt 20.28; Jo 13.13-14; Fp 2.7 2 8 r' Hb 4.15 2 9 * Mt 24.47; Lc 12.32; 2Co 1.7; 2Tm2.12 30zMt8.11: 19.28; Lc 14.15; Ap 19.9:3.21; 1Co 6.2 31 a 1Pe 5.8 4 Am 9.9 32 c Jo 17.9, 11,15:21.15-17 fiquem alertas e prontos para sua volta. Ver as notas em M t 24.37-44; Mc 13.32-37. I 24 E houve ‘ também entre eles contenda s o b r e U qual deles parecia ser o maior. 25 E ’ ele lhes disse: Os reis dos gentios dominam so­ bre eles, e os que têm autoridade sobre eles são chama­ dos benfeitores. 26 Mas não 'sereisvós assim; antes, o maior entre vós Sseja como o menor; e quem governa, como quem serve. 27 Pois 'qual é maior: quem está à mesa ou quem ser­ ve? Porventura, não é quem está á mesa? Eu, "porém, entre vós, sou como aquele que serve. 28 E vós sois os que tendes permanecido comigo nas ‘'minhas tentações. 29 E ‘ eu vos destino o Reino, como meu Pai mo destinou, 30 para 'que comais e bebais à minha mesa no meu Reino e vos assenteis sobre tronos, julgando as doze tri­ bos de Israel. P ed ro é avisado (Mt 26.31-35; Mc 14.27-31 ;J o 13.36-38) 31 Disse também o Senhor: Simão, Simão, eis que Sa­ tanás vos pediu "para vos ‘ cirandar como trigo. 32 Mas ceu roguei por ti, para que a tua fé não desfale­ ça; e tu, quando te converteres, confirma teus irmãos. D IN Â M IC A PO REINO_____________ RESPOSTAS ESPIRITUAIS 22.25-27. 37.Como alguém se torna grande no Reino de Oeus. Para a resposta a esta e a outras perguntas sobre Deus e o poder da vida em seu Reino, ver o artigo de estudo "Respostas Espirituais a Questões Difíceis", que começa na página 1373. rr . 22.27 Jesus reforça o princípio que acabou de declarar, dando seu pró­ prio exemplo como aquele que serve. 22.1-6 Ver as notas em M t 26.3-5,14.16; Mc 14.1 -2,10-11. 22.29-30 0 Reino é uma dádiva que está presente tanto na Pessoa de Jesus quanto em seu Corpo, a Igreja. Será cumprido completamente o templo futuro (v. 30; ver os vs. 16,18). Como toda autoridade concedi­ 23 Ver as notas em M t 26.20-29. da é uma dádiva, a rivalidade pessoal pela grandeza está excluída. Embora os discípulos não experimentarão posição e poder terrenos, 20 Ver a seção 3 de Verdade em Ação nos Sinóticos, no final de eles terão lugar de honra no Reino dos Céus. 22.7-13 Ver as notas em M t 26.17-19; M c 14.12-15. 22.1422.15Lucas. 22.24Lucas. 27 Ver a seção 9 de Verdade em Ação nos Sinóticos, no final de 22.31 Ao chamá-lo de Simão ao invés de Pedro ("pedra"), Jesus pode estar sugerindo que o discípulo logo agirá de acordo com sua antiga natureza, que é uma das fraquezas humanas. 26 Jesus redefine o significado de grandeza, revertendo os valo­ 22.25res do mundo. A grandeza é medida em termos de serviço, sem pensar em recompensa. 22.32 0 tu significa plural, indicando que os outros também seriam testa­ dos. Jesus orou por todos os discípulos (ver Jo 17.6-19). Ele sabe de an- LUCAS 22 1062 33 E ele lhe disse: Senhor, estou pronto a ir contigo até à prisão e à morte. 34 M a s dele disse: D ig o -te , P edro, qu e nã o cantará hoje o galo antes que três vezes negues que me co­ nheces. A s duas espadas 35 E disse-lhes: Quando evos mandei sem bolsa, al­ forje ou sandálias, faltou-vos, porventura, alguma coisa? Eles responderam: Nada. 36 Disse-lhes, pois: Mas, agora, aquele que tiver bolsa, tome-a, como também o alforje; e o que não tem espada, venda a sua veste e compre-a; 37 porquanto vos digo que importa que em mim se cumpra aquilo que está escrito: 'E com os malfeitores foi contado. Porque o que está escrito de mim terá cumprimento. 38 E eles disseram: Senhor, eis aqui duas espadas. E ele lhes disse: Basta. 3 4 d Mt 26.34: Mc 14.30: Jo 13.38 3 5 e Mt 10.9: Lc 9.3; 10.4 37 f Is 53.12; Mc 15.28 3 9 S Mc 14.32; Lc 21.37 4 0 * M t 6.13; 26.41; Mc 14.38; Lc 22.46 41 ' M t 26.39; Mc 14.35 4 2 / Jo 5.30; 6.38 4 3 /M t 4.11; Jo 12.27; Hb 5.7 4 4 * Ver PC em 1Jo 1.7. 4 6 m Lc 22.40 4 7 n Mc 14.43; Jo 18.3 Je s u s n o G etsêm ani (Mt 26.36-46; Mc 14.32-42) 39 E, saindo, 9foi, como costumava, para o monte das Oliveiras; e também os seus discípulos o seguiram. 40 E, quando chegou àquele lugar, disse-lhes: ''Orai, para que não entreis em tentação. 41 E 'apartou-se deles cerca de um tiro de pedra; e, pondo-se de joelhos, orava, 42 dizendo: Pai, se queres, passa de mim este cáli­ ce;'todavia, não se faça a minha vontade, mas a tua. 43 E apareceu-lhe um 'anjo do céu, que o confortava. 44 E, posto em agonia, orava mais intensamente. E o seu suor tornou-se em grandes gotas de *sangue que corriam até ao chão. 45 E, levantando-se da oração, foi ter com os seus discípulos e achou-os dormindo de tristeza. 46 E disse-lhes: Por que estais dormindo? Levantaivos, '"e orai para que não entreis em tentação. D Je s u s ê p reso (Mt 26.47-56; Mc 14.43-50; Jo 18.1-11) 47 E, estando ele ainda a falar, "surgiu uma multi­ dão; e um dos doze, que se chamava Judas, ia adiante dela e chegou-se a Jesus para o beijar. 48 E Jesus lhe disse: Judas, com um beijo trais o Fi­ lho do Homem? * PALAVRA-CHAVE 22.35faltou-vos, hustereo; Strong 5302: Chegaratra- sado, estar atrás. Referindo-se a pessoas, falhar (Hb 4.1), ser inferior a (2Co 11.5), carecer de, ser insuficiente (M t 19.20; Hm 3.23). 50 » M t 26.51; Mc 14.47; Jo 18.10 5 2 P M t 26.55; Mc 14.48 53 4 Jo 12.27 5 4 r Mt 26.57; Jo 18.15 5 5 s Mc 14.66; Jo 18.17-18 5 8 'M t 26.71; Mc 14.69; Jo 18.25 5 9 « Mt 26.73; Mc 14.70; Jo 18.26 61 r M t 26.34,75; Mc 14.72; Jo 13.38 6 3 * Ver PC em 2Co 5.14. 6 6 * M t 27.1: At 4.26; 22.5* Ver PC em 1Tm 4.14. 6 7 1 Mt 26.63; Mc 14.61 temão sobre a negação de Pedro, e arrependimento subsequente, e, por­ tanto, o estimula a encorajar os outros no próprio teste dos mesmos. 22.3B As condições mudarão após a crucificação, e eles devem estar preparados para encontrar ódio e perseguição. Jesus não sugere que seus seguidores devem usar força ao divulgarem o evangelho, mas que eles precisariam de vigilância perpétua, usando todos os recursos ao seu alcance. 22.38 0s discípulos adotaram suas palavras com literalidade absurda, como se duas espadas fossem suficientes para 11 homens defendêlo. Para Jesus, falar literalmente seria contraditório com seus atos no Getsêmani (vs. 49-51). A palavra basta não significa "são suficientes". É uma ligeira rejeição do assunto, no sentido de "Basta com isso!" 49 E , vendo os que estavam com ele o que ia suce­ der, disseram-lhe: Senhor, feriremos à espada? 50 E "um deles feriu o servo do sumo sacerdote e cortou-lhe a orelha direita. 51 E, respondendo Jesus, disse: Deixai-os; basta. E, tocando-lhe a orelha, o curou. 52 E pdisse Jesus aos principais dos sacerdotes, e capitães do templo, e anciãos que tinham ido contra ele: Saístes com espadas e porretes, como para deter um salteador? 53 Tenho estado todos os dias convosco no templo e não estendestes as mãos contra mim, "mas esta é a vossa hora e o poder das trevas. P edro n ega a Je s u s (Mt 26.69-75; Mc 14.66-72; Jo 18.15-18,25-27) 54 Então, prendendo-o, fo levaram e o meteram em casa do sumo sacerdote. E Pedro seguia-o de longe. 55 E, shavendo-se acendido fogo no meio do pátio, estando todos sentados, assentou-se Pedro entre eles. 56 E como certa criada, vendo-o estar assentado ao fogo, pusesse os olhos nele, disse: Este também esta­ va com ele. 57 Porém ele negou-o, dizendo: Mulher, não o co­ nheço. 58 E, 'um pouco depois, vendo-o outro, disse: Tu és também deles. Mas Pedro disse: Homem, não sou. 59 E, "passada quase uma hora, um outro afirmava, dizendo: Também este verdadeiramente estava com ele, pois também é galileu. 60 E Pedro disse: Homem, não sei o que dizes. E logo, estando ele ainda a falar, cantou o galo. 61 E, virando-se o Senhor, olhou para Pedro, ve Pe­ dro lembrou-se da palavra do Senhor, como lhe tinha dito: Antes que o galo cante hoje, me negarás três ve­ zes. 62 E, saindo Pedro para fora, chorou amargamente. Je s u s p era n te o S in éd rio (Mt 26.57-68; Mc 14.53-65; Jo 18.12-27) 63 E os homens que * detinham Jesus zombavam dele, ferindo-o. 64 E, vendando-lhe os olhos, feriam-no no rosto e perguntavam-lhe, dizendo: Profetiza-nos: quem é que te feriu? 65 E outras muitas coisas diziam contra ele, blasfe­ mando. 66 E xlogo que foi dia, ajuntaram-se os *anciãos do povo, e os principais dos sacerdotes, e os escribas, e o conduziram ao seu concílio, 67 e lhe perguntaram: zSe tu és o Cristo, dize-nos. Ele replicou: Se vo-lo disser, não o crereis; 22.39-46 Ver as notas em M t 26.36-46. 22.42 Ver a seção 4 de Verdade em Ação nos Sinóticos, no final de Lu­ cas. 22.47-53 Ver as notas em M t 26.47-56. 22.53 Oeus concedeu autoridade temporária ao inimigo. 22.59 0 sotaque de Pedro o traiu (M t 26.73). Um parente do servo que ele tinha atacado no Getsêmani também o identificou (Jo 18.26). 22.61 0 olhar de compaixão de Jesus partiu o coração de Pedro. Mais tarde, o Senhor manifesta sua misericórdia aparecendo a Pedro perarte os outros apóstolos, após a ressurreição (24.34). 1063 LUCAS 2 2 , 23 6 9 a M t 28.64; 68 e também, se vos perguntar, não me responde­ 16 Castigá-lo-ei, 'pois, e soltá-lo-ei. Mc 14.62; reis, nem me soltareis. 17 E mera-lhe necessário soitar-lhes um detento por : Hb 1.30; 8.1 69 Desde “agora, o Filho do Homem se assentará à 7 0 * M t 26.64; ocasião da festa. direita do poder de Deus. Mc 14.62 18 Mas "toda a multidão clamou à uma, dizendo: 70 E disseram todos: Logo, és tu o Filho de Deus? E 71 “ M t 26.65; *Fora daqui com este e solta-nos Barrabás. Mc 14.63 * Ver PC ele lhes disse: '’Vós dizeis que eu sou. 19 Barrabás fora lançado na prisão por causa de em Jo 19.35. 71 Então, disseram: cDe que mais ‘ testemunho ne­ uma sedição feita na cidade e de um homicídio. cessitamos? Pois nós mesmos o ouvimos da sua boca. C a p ítu lo 2 3 20 Falou, pois, outra vez Pilatos, querendo soltar a : 1 3 Mc 15.1; Jesus. Jo 18.28 Je s u s p era n te Pilatos 21 Mas eles clamavam em contrário, dizendo: Cruci­ 2 b At 17.7; e p era n te H ero d es fica-o/ Crucifica-o! M t 17.27; 22.21; Mc 12.17; (Mt 27.1-2,11-31; Mc 15.1-15;Jo 18.28-19.16) 22 Então, ele, pela terceira vez, lhes disse: Mas que * 5 E, levantando-se “toda a multidão deles, o le- Jo 19.12 17ou um mal fez este? Não acho nele culpa alguma de morte. rei ungido r u ò varam a Pilatos. Castigá-lo-ei, pois, e soltá-lo-ei. 3 c M t 27.11; 2 E começaram a acusá-lo, dizendo: Havemos acha­ 23 Mas eles instavam com grandes gritos, pedindo 1Tm 6.13 4